
Na primeira manifestação manequins representaram os corpos de pessoas enterradas em valas clandestinas e pessoas dentro de pneus lembravam as vítimas do chamado
"microondas" (prática dos traficantes, onde pessoas são incineradas vivas dentro dos pneus). Em outro protesto, 16 mil cocos foram deixados ao longo da praia representando cabeças de vítimas da violência.
Segundo o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa, o manifesto busca uma mobilização social perante as atrocidades cometidas no Estado.
Infelizmente, o que vemos hoje é uma acomodação não apenas por parte das autoridades e da justiça, mas também de toda a sociedade. As pessoas já se acostumaram com a violência que toma conta do país, se tornando telespectadores passivos da morte de tantos brasileiros.
Manifestações, atos contra a violência, passeatas, protestos, deveriam acontecer constantemente em um país que a cada perde tantas vidas de pessoas e que vê as famílias dessas vítimas serem obrigadas a conviver com os assassinos dos seus filhos, maridos, esposas, mães, pais, amigos, etc.
Nós apenas vemos atos como esses um ou dois dias após a morte dessas pessoas, e ainda apenas em casos de repercussão nacional. Se a população não se mobilizar todo o tempo em busca, não de um Rio de Paz, mas de um BRASIL de Paz, nada vai mudar.
Enquanto a população de baixa renda, maior vítima da violência, não correr atrás de seus direitos, as autoridades vão continuar fingindo que nada acontece nesse país.
Espero que manifestações como a da ONG Rio de Paz seja imitada por todo o país para que um dia elas não sejam mais necessárias.
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