quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Nova febre dos adolescentes: Nu e de pulseira


O tempo passa e as “brincadeiras” ficam bem sérias. Quem diria que pulseirinhas coloridinhas de siliconizinho iria fazer a minha mãe pegar o telefone e imediatamente gritar para a minha prima de 13 anos tirar as benditas pulseiras do braço!

Até as acho bonitas e descoladas, lembro que quando mais nova tinha umas de plástico e um tipo de arame que quebravam fácil e arrancava os pelinhos do braço. Mas a moda entre os pré adolescentes e os adolescentes hoje, é o uso de pulseiras coloridas que ao colocá-las automaticamente você está participando de um jogo chamado Snap, onde cada cor tem uma ação e dependendo de qual cor, você pode estar expressando que aceita fazer sexo. Pois é uma simples pulseira!

Estou até meio “retrô” hoje, mas lembro que antes brincavamos de salada de frutas ou ir a uma Festa do Farol, que no máximo rolava um beijo. Hoje com o jogo das pulseiras tudo se resume a sexo. E os pais sem saberem disso chegam até a comprar para os seus filhos. Claro que a educação conta muito, mas é bom todos conhecerem o real significado das “inocentes pulseirinhas”.

Esta febre foi explicada em um email que recebemos da matéria do jornalista Vitor Ferri do jornal Agora. Segue a descrição de cada cor da pulseira:

AMARELA: Abraço;

ROSA: Mostrar o peito;

LARANJA : Dentadinha do amor;

ROXA: Beijo com a língua e talvez sexo;

VERDE: Chupões no pescoço;

VERMELHA: Fazer uma Lap dance (não sei o que significa, se alguém souber e explicar, ótimo!);

PINK: Sexo oral a ser praticado pelo rapaz;

BRANCA: A menina escolhe o que preferir;

AZUL: Sexo oral a ser praticado pela menina;

PRETA: Fazer sexo com quem arrebentar a sua pulseira;

DOURADA: Tudo que foi citado acima.

Este jogo teve início na Inglaterra e como hoje com a velocidade das informações, os nossos pré adolescentes antenados do jeito que são, já conhecem o tal do Snap. Agora imagina você sem saber disso e acha-las legais para usar, compra um monte (custam em média $1,50 doze unidades), e como a cor dourada tá na moda... vai lá e enche o braço delas ... Oh inocência!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios e a sessão da 0:01

Apesar de não saber nada de cinema, se comparada aos amigos cinéfilos, gosto de apreciar um bom filme, em especial, na última sessão, em ótima companhia, sempre.

Confesso que, se fosse para eu escolher, talvez não optasse por “Bastardos Inglórios”, no sábado a noite. Até porque, fazia um tempinho que não íamos ao cinema. Como somos um casal democrático (às vezes), Diego escolheu os Bastardos.

A hora da sessão é de mera importância para alguns comentários que farei: 0:01. Comprar pipoca é essencial, então, munidos de muita pipoca com manteiga, e refrigerantes entramos na sala. Escolhemos “nosso lugar”, aquele lugarzinho do Cinemark que dá para apoiar os pés no ferro, sem atrapalhar ninguém, é claro. E também a sessão não estava muito cheia, e foi se esvaziando com o passar da horas. Antes do filme começar uma ida estratégica ao banheiro.

Capítulo 1 – Sim, o filme é dividido em capítulos - li em uma crítica que é uma tradição do diretor Quentin Tarantino. Bom, esse capítulo inicia-se na França, em 1941, em uma fazenda onde o Coronel (e mega vilão) Hans Landa (Christoph Waltz), vai fazer seu trabalho, “caçar judeus”. Nesta cena, após um dialógo longuíssimo e assustador (o coronel consegue mexer com o psicológico do dono da fazenda), Hans Landa descobre os judeus escondidos no assoalho (como ratos, na lógica nazizta), e sem piedade faz com que seus homens atirem, mas Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent), consegue escapar (eu acho que ela correu bastante, Diego diz que o coronel não quis atirar).

Do outro lado do filme, está o grupo de soldados americanos judeus que dá título ao filme, uma pequena unidade de guerrilha e extermínio do exército, liderada pelo sulista Tenente Aldo Raine (Brad Pitt). Digo que tinha certo preconceito sobre a atuação de Pitt no filme, pois ele estava “se achando” nas premieres da obra. Mas, após assistir, concordo com ele, o filme é bom. E sua atuação é uma das melhores que já vi. Ele diverte como o carismático Aldo Raine. Com um sotaque sulista hilário, além de trejeitos bastante óbvios, bem como uma moral bem particular, Raine é o líder perfeito para o seu time de malucos. A cena mais engraçada do Tenente é a que ele tenta falar italiano, em meio a nazistas, frente a frente com Landa.

Parênteses necessário - Se dei a impressão que vou seguir com os capítulos, enganei vocês, porque não tenho tão boa memória para citar cada capítulo. Ah, e também esse texto não é uma crítica do filme, coisa que não sou apta a fazer, é só sobre minhas impressões.

Outra coisa a se destacar é o roteiro do filme. Conversas sobre nada, que tornam o momento bastante tenso, têm aos montes. Mas elas também dão espaço a diálogos carregados de humor negro e de grande tensão. (Esses dialógos me deram um pouco de sono, afinal, o filme só foi acabar 2:40 da manhã, mas nada muito massante). Não é à toa que uma das cenas mais tensas de "Bastardos Inglórios" é um diálogo entre a jovem Shosanna e Landa. O pedido de uma sobremesa em um restaurante se torna umas das cenas mais tensas que já vi.

Adotando uma nova identidade após a morte de seus parentes, Shosanna se torna dona de um cinema parisiense. Graças à “paixonite aguda” do soldado alemão Frederick Zoller (Daniel Brühl) por ela, a grande premiere do último filme panfletário de Goebbels (Sylvester Groth) - Ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler, se dará no cinema da jovem. Com a presença de todos os figurões do partido em um local só - incluindo o próprio Adolf Hitler (Martin Wuttke) - que é retrato com um doente mental - a ocasião torna-se a oportunidade perfeita para explodir o comando nazista e encerrar a guerra de uma vez por todas, plano traçado pelos Bastardos e pela própria Shosanna, sem um ter conhecimento do outro.

Daí seguimos para o “grand finalle”. Eu, sem saber que o filme não era “aula de história”, esperava por um fim completamente diferente. Mas, realmente, o filme tem um final bem melhor. Só achei que o coronel Landa deveria ter tido outro final, mais ruim para ele. Já Diego achou que ele deveria ter um final melhor (aqui demonstra todo o carisma que o vilão adquire durante o filme), mas depois achou “justo”.

Tarantino encerra o filme falando através do personagem de Brad Pitt, que “Esta provavelmente é sua maior obra prima”. Bem, eu não conheço muito sobre Tarantino, mas devo concordar que o filme é uma obra prima dos cinema moderno.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A falta de respeito sem limites

Como alguns devem ter ficado sabendo, o show que o AC/DC fará no Brasil em novembro causou uma corrida atrás de ingressos ontem (1/10), primeiro dia de vendas.

E eu, noiva de um alucinado pela banda (não digo nem fã porque isso não chega nem perto) fui em busca desse "tesouro". E tenham certeza de que realmente parecia uma caça ao tesouro ou uma operação de guerra.

E por que? Porque a empresa responsável pela venda desses ingressos, a Ticketmaster, simplesmente não tem nenhum respeito por todos esses fãs, ou melhor, por seus consumidores.

Sem um site que ofereça um serviço decente, e com esperas de mais de 1 hora no ÚNICO número de telefone disponível para compras, muitos seguiram para os pontos de vendas. Chegando lá, o cenário não era muito diferente. Como eu não estava muito interessada em pagar a bendita da taxa de conveniência, decidi seguir para a bilheteria principal que ficava no estacionamento do Credicard Hall.

Prestem bem atenção, eu disse no estacionamento. Com uma estrutura porcamente montada para receber os fãs, mais uma vez a falta de respeito com os consumidores era visível. Primeiro porque a fila, não só ali, mas em todos os locais de venda, chegava a mais de três horas.

Eu cheguei às 15h. Fiquei ali cerca de 6 horas, em pé, esperando pela minha vez de comprar o ingresso. Tudo bem, eu sei que muita gente vai falar que isso é loucura e que se não queria ficar lá que tivesse ido embora. Mas a questão aqui não é essa.O que me deixa indignada, é que uma empresa do tamanho da Ticketmaster, que é responsável pela venda de ingressos para praticamente todos os shows que acontecem nesse país, não se preocupa com seus clientes.

Ah, e enquanto eu estava na fila, meu noivo, que estava trabalhando, ficou tentando realizar a compra pelo site e pelo telefone. Como eu disse no começo, uma verdadeira operação de guerra. E não pensem que erámos somente nós fazendo isso. Várias pessoas tentavam de todas as maneiras conseguir o seu ingresso.

As pessoas que estavam na fila no Credicard Hall, passaram todo esse tempo em pé, algumas sentadas no chão, no frio e correndo o risco de sofrerem um acidente, já que estavamos na calçada em frente a Marginal Pinheiros, e quem precisava passar por ali ou ia até o começo da fila pedir informações tinha que ir andando pelo meio da rua, devido ao número de pessoas esperando.

Quando finalmente passei pelo portão de entrada, lá pelas 20h, a revolta só aumentou. A bilheteria funcionava em um contêiner, onde alguns funcionário se aglomeravam, e ali existia uma outra fila de mais 1h até cada guichê. Todos pareciam gado espremido nas grades indo para o abate.

Sobre o preço de cada ingresso... Bom melhor nem comentar, já que o ingresso mais barato custava R$ 150 e as entradas de estudantes já estavam quase esgotadas.

Agora, porque não disponibilizar um serviço pela internet que consiga suportar a procura? Ou os organizadores pensaram que uma banda como AC/DC não causaria uma demanda dessas? Sinceramente, se acharam isso deveriam rever seus conceitos e contratar um pessoal mais competente para realizar o serviço.

E quem já precisou dos serviços dessa empresa antes, sabe que é sempre a mesma coisa. Quando o site funciona, é o serviço por telefone que deixa a desejar, ou então a entrega que atrasa, ou qualquer outra coisa que seja. Tem sempre algum problema. E eles se importam?

Claro que não. Afinal, não existe ninguém mais pra concorrer com eles e quem quiser ter a chance de ver uma banda como essa vai ter que passar por isso e comprar seu ingresso pela Ticketmaster. Ou seja, eles vão ganhar dinheiro de qualquer maneira e quem quiser ir ao show vai ter que sofrer antes de se divertir.

Agora, com o meu ingresso na mão e depois de tantas horas de espera, só posso dizer que isso é triste e lamentável.

Sem mais comentários.

PS: Esqueci de contar. Teve gente vendendo o celular na fila pra conseguir comprar os ingressos que tinham sobrado, tamanha era a falta de informações para os fãs da banda.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Casos de um mundo egoísta e sem paciência

Ontem estava no banco, mais precisamente na Caixa Econômica Federal. Ou seja, fiquei parada eternamente na fila pensando que o cartaz onde está escrito que para cada 50 minutos trabalhados os funcionários devem fazer 10 minutos de descanso, deve estar errado. As vezes eu acho que eles fazem o contrário, mas tudo bem porque aqui a história é outra.

Então, enquanto eu estava na fila, começou uma discussão na fila preferencial, que naquele momento era formada somente por idosos.

Os protagonistas da briga foram dois senhores. Na verdade ninguém entendeu direito o que aconteceu, mas de repente um dos senhores começou a discutir com o outro, dizendo que era a vez dele de ser atendido pelo caixa e que o outro estava furando fila. Ele xingou, gritou, ameaçou, mandou o outro ir um monte de coisas e fez de tudo que se pode imaginar dentro do banco.
Enquanto ele fazia isso, o outro senhor se sentou novamente esperando sua vez de ser atendido.
Não satisfeito com o primeiro escândalo, quando acabou de ser atendido, o primeiro senhor começou a discutir novamente com o outro, repetindo as mesmas coisas de antes, até que todos os outros idosos e idosas que estavam na fila se aborreceram e começaram a discutir com ele. Lógico que na hora a cena era muito engraçada: aquele monte de senhores e senhoras brigando sem nem saber o porquê.

Em um certo momento, até um rapaz que estava na fila comum se meteu na discussão e o senhor briguento disse: - Ooo filhinho, você não se meta porque o problema é aqui na fila dos velhinhos!!! (Nossa, até achei que eles iriam sair no tapa, porque na hora em que o segundo senhor foi embora, o que começou a discussão ainda estava na saída do banco esperando a chuva passar).

Mas depois eu fiquei pensando em como esse mundo está totalmente impaciente. Ninguém mais consegue conversar, todo mundo já sai brigando, discutindo, falando o que bem entende sem se importar com nada. E o pior é que todo mundo já está tão acostumado que nem se espanta mais com esse tipo de coisa. As pessoas acham normal e até ficam esperando pra ver uma briguinha durante o dia.

Não que eu seja a pessoa mais paciente do mundo. Na verdade, eu estou bem longe disso. Mas é que até eu que tenho que me policiar o tempo todo pra ser menos impaciente, tenho ficado espantada (não sei nem se essa é a palavra certa pra isso) com essas coisas. Um outro dia eu estava no ponto de onibus, e um homem que estava lá começou a brigar com o motorista de uma lotação que parou porque o semáforo tinha fechado.

Todos que estavam lá ficaram sem entender enquanto o homem discutia sozinho falando que o motorista tinha que ter passado mesmo com o farol fechado, porque ali ele atrapalhava os ônibus e o impedia de pegar uma condução. Ai eu pensei: - Como é???

Quer dizer que não importava que o motorista tivesse atravessado no farol vermelho, atropelado os pedestres e batido em outro veículo, desde que não atrapalhasse ele?!?!?! Legal né!!!

Olha, eu sei que as pessoas têm que defender seus direitos e não deixar que todo mundo faça o que bem entender sem respeitar isso. Mas o que eu tenho notado, é que todo mundo confundiu "lutar pelos seus direitos" com "brigar por qualquer coisa".

Bem, eu pelo menos entendo que quando se fala em "lutar pelos direitos" é lutar por coisas que afetam a vida das pessoas...

Enfim, como eu li outro dia em uma charge, as jóias sempre serviram pra enfeitar as partes mais importantes do corpo de acordo com a época. Em um certo tempo foram os colares, depois os anéis e brincos.

Atualmente, as jóias mais importantes têm sido os piercings que enfeitam os umbigos de um mundo egoísta.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Porque eu não pauto a imprensa


O Twitter é cada vez mais utilizado no Brasil. A febre do acumulo de usuários tem menos de 3 meses e hoje, quem não está na rede social pode até ficar sem entender certas notícias que circulam na web. Ligado nisso, os principais portais da internet brasileira seguem atentamente quem pode ser notícia. Agora há jornalistas com a missão de seguir pessoas via rede, tipo uns paparazzi que não saem do lugar. Daí qualquer coisa que essas pessoas, que tem 'valor-notícia', dizem vira uma matéria na home dos portais.

Marcelo Tas, denominado por alguns de 'Rei do Twitter brasileiro', já deu diversas entrevistas sobre o micro-blog. Ele virou pauta! Além das entrevistas o que ele escreve pode virar notícia a qualquer minuto. É por isso que ele tem tantos seguidores, aposto que grande número são jornalistas atrás de matéria. Outro integrante do CQC sofreu com a grande atenção dada ao twitter, Danilo Gentili foi taxado de racista após uma piada que fez na rede social. E o episódio Gentili continua, um autor anônimo fez uma letra de rap, acusando o humorista de 'ignorante e racista'. O homem de preto respondeu em seu twitter, “Uma dica: se querem me atacar não coloquem meu nome numa letra de rap. Coloquem numa letra de pagode”.

Sandy, andou reclamando de ser pauta. Disse algo do tipo, “tudo o que eu escrevo no twitter vira notícia”. E ainda brincou, "vão dar uma nota dizendo que reclamei da imprensa". Não fui atrás dessa nota, mas acho que saiu em algum site de fofoca. Aposto que algum site contratou alguma adolescente, que escreve “axim”, do fã clube da cantora para ficar seguindo a moça, afinal, não precisa mais de diploma para ser jornalista, e covenhamos isso não é lá jornalismo. Bom, essa minha aposta pode ser furada, porque li no Link, do Estadão, que adolescentes não aderiram ao Twitter. Fora aquelas fãs malucas do Jonas Brothers.

A subprefeita Soninha Francine virou a pauta do momento. Ela postou no micro-blog que foi assaltada e negociou com o criminoso. “... o moço apontou uma faca e pediu o celular. Negociei ("vou perder a agenda!?") e dei o q tinha: R$35”.

Há também os micos: Junior Lima e Marcos Mion levaram o maior fora de Ashton Kutcher ao pedir ajuda dele para “derrubar”(colocando no #trending topic - #forasarney) o presidente do Senado brasileiro, José Sarney. Bruno Glagliasso o doidinho , ops ... esquizofrenico, Tarso, da novela 'Caminho das Índias' divulgou sem querer, o número do seu celular para todos os seus seguidores, imagina as fãs loucas ligando pro pobre. Há quem diga que o namoro de Jonh Mayer e Jen Aniston acabou por conta de um post do cantor no twitter, quando ainda muita gente no Brasil nem sabia do que se tratava a rede social – Azar o dele, Jen está linda aos 40.

Não vou me aprofundar nas tentativas de revoluções via web, os caras pintadas do trending topics.

E eu? Por que será que não pauto a imprensa? Em um pouco mais de 1 mês de “twittagem” nenhum dos meus posts sairam na imprensa. No que estou errando? Hum... não sou famosa, e apesar de inteligente (e modesta) só tenho 32 seguidores, mas eles apreciam meu “jornalismo muleque”. É isso que importa!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A questão dos Fretados (2)

Bom, como vivemos em um país democrático (eu acho), resolvi dar minha opinião sobre o tema também. E, ao contrário de muitos que têm falado, não sou totalmente contra.
Tudo bem, eu concordo que talvez a maneira como tenham feito tenha sido precipitada e, até mesmo, mal planejada. E também concordo que muitas pessoas terão um pouco mais de dificuldade para chegar aos seus locais de trabalho. Mas nem por isso a decisão de restringir a circulação desse tipo de veículo no centro expandido é errada.
O maior problema, não é a dificuldade de se chegar ao trabalho ou seja lá qual é o motivo de cada um. O problema é que as pessoas estão acostumadas que tudo seja feito de qualquer maneira, sem regras nem leis e por isso acontece tanta encrenca.
Sei que os fretados realmente ajudam muitas pessoas que não querem andar de transporte público, por conta das condições oferecidas (também já utilizei, e sei que é complicado), ou que vivem em outras cidades.
Mas também não se pode negar que existem aqueles usuários desse serviço que simplesmente se esquecem de que não é apenas o seu transporte que está na rua e pedem para o motorista parar, muitas vezes, em lugares que acabam atrapalhando a vida de outras pessoas, impedindo a saída de garagens de edifícios, atrapalhando pontos de ônibus, etc.
É fácil seguir a opinião da maioria e criticar a restrição. Mas as pessoas se esquecem de olhar o lado de todos os outros trabalhadores que não utilizam o serviço de fretados (e são muitos mais) e que acabam sendo prejudicados pela falta de respeito de usuários e motoristas.

A questão dos Fretados


Estou achando ridícula essa restrição aos fretados desde que ouvi falar dela. Acontece que, não sou só eu que acha isso. Até porque, muita gente é prejudicada com essa lei. Eu concordo que ônibus polui e atrapalha o trânsito de São Paulo, mas os fretados são, às vezes, única alternativa para pessoas que trabalham longe de casa e querem, ao menos, poder descansar no percurso. Afinal, todo mundo – que usa o transporte público, sabe que é de uma precariedade de dar medo. Além de ser caro demais, tendo em vista o serviço prestado.

Tenho uma amiga que trabalha bem longe de onde mora na Zona Leste. De tão longe, nem sei onde. Sei que é longe porque ela sai de casa as 6 da manhã para chegar no local as 9. E, ela faz faculdade na Zona Leste também, então para chegar no horário da aula, só de fretado. Eu ainda não conversei com ela, mas será que agora ela vai ter que pegar vários ônibus e trens para poder trabalhar e estudar?


O que acho que vai acontecer é: quem tem carro e condições de usá-lo durante a semana vai metê-lo na rua, pois é bem mais rápido e confortável do que ficar espremido dentro de ônibus lotados. E quem não tem alternativa? Paga o fretado e o transporte público? Alguém vai aumentar o Vale Transporte desses trabalhadores? Acho que não.

Mas quem impõe esse tipo de lei não tem problema nenhum, se faltar fretado, ou transporte público de qualidade. Kassab, por exemplo, pode andar de helicóptero para observar os pobres mortais lá embaixo em um trânsito infernal. Ele não vai chegar atrasado para o jantar.

Ah, e na Folha, saiu que a prefeitura está inflando o dado positivo sobre o trânsito. Que coisa,não?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do Amigo


Ser amigo, é uma relação muito interessante, pessoas que se conhecem em certo momento da vida e de repente se veem compartilhando toda suas vidas. Essa pessoa não é da sua família, mas almoça de domingo na casa da sua vó, ou toma sua cama quando vai dormir na sua casa, e você se sente feliz por tê-la por perto, mesmo quando tem que emprestar seu pijama.

Você pode ter um amigo de infância, aquele de quem você sempre se lembra quando tem uma sessão nostalgia, essa pessoa pode ou não ser próximo de você por toda a vida, mas tem o privilégio de nunca ser esquecido.

Daí, tem os amigos da época da escola, naquela fase complicada de pré-adolescência e puberdade. Geralmente, é com esse amigo que você foi a primeira vez sem os pais ao shopping, cabulou a primeira aula na escola, contou sobre o primeiro beijo. Esse amigo pode ser aquele que você cruza na rua de sua antiga vila e mal reconhece, ou pode ser aquele que mesmo só de recados no Orkut, e convesas no MSN você ainda sente-se intímo. Ou ainda, pode fazer parte de toda sua vida.

Há pessoas que mudam de escola no ensino médio, meu caso, e aí, surgem novos amigos, aqueles de diversos lugares da cidade, aqueles que acompanham vários dramas, seja das notas baixas ou dos recorrentes “problemas” amorosos. Aqueles com quem você vai a primeira vez no bar, mesmo que for só para beber um suco de morango com leite. Com esses amigos – nessa época geralmente é um grupo grande, você dá risadas homéricas, tira sarro de si próprio e começa a ter papos mais interessantes, como a escolha de uma profissão. Amigos dessa época influenciaram na minha escolha.

Tem os amigos de outros lugares, tipo os da igreja. Claro, aqueles com quem você conversa mais do que só depois dos cultos, missas de domingo. “Amigos mais chegados que um irmão” (Nos dois sentidos da coisa). Esses são bacanas, além de discutirem a teologia da coisa, ainda te levam a shows de pagode gospel.

E claro, os amigos da faculdade. Com esses você passa os maiores apertos da sua vida, seja para entregar um trabalho no prazo ou para ligar pro namorado(a) e confirmar que a pessoa não esteve no bar na sexta-feira. Talvez seja a fase mais divertida e complicada, cheia de 'stress' e muita animação. Como naquela viagem em que até o mais quietinho dançou funk até o chão. São amigos que podem virar seu colega de trabalho, o que é uma chance a mais de você entrar no mercado. Amigos que vão criticar e elogiar, vocês com certeza vão brigar, e depois se reunir no banheiro (isso vale para mulheres) e rir muito de toda situação. Fora as conversas prá lá de interessantes no grupo de e-mail. Provavelmente você encontrará com ele em algum trabalho, e mostrará as fotos das suas crianças e vai se supreender quando ele te contar que já tem 3 filhos. Ou, este amigo poderá acompanhar tudo de perto e inclusive ser seu padrinho (madrinha) de casamento.

Também tem o amigo que você insiste em chamar de AMOR. É porque vocês eram tão amigos que decidiram compartilhar bem mais. Esse vai fazer parte da sua vida pra sempre (essa é a intenção), e você vai envelhecer, ficar rabujento e mesmo assim ele sempre vai dizer que te ama muito.

Eu sou feliz por ter vários amigos. Alguns são só boas lembranças e outros continuam compartilhando essa maravilha que é a vida, ao meu lado. Amo meus amigos!

PS: A foto remete ao seriado que é um dos meus preferidos e que retrata muito bem essa louca relação!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Crise mundial que nada agora é Boi Barrica


Não sabe o que significa? Bom na verdade é um nome dado a um grupo folclórico do maranhão cujo os padrinhos são, nada mais nada menos, que a família Sarney.

E o que tem a ver com isso?

A polícia federal batizou uma operação que está rolando a mais de dois anos com o nome de Boi Barrica, e por coincidência a grande família é a protagonista da história.

Os Sarneys, esta quadrilha, ops! Família, manda e desmanda não só no estado do Maranhão, mas em todo o Brasil sendo o chefe da gangue... Opa! Desculpas novamente... O grande líder o famoso e a velha raposa José Sarney como Presidente do Senado.

Boa coisa é que não iria dar mesmo mas.... Bom a sujeira começa com um grande esquema de atos secretos, nomeações e exonerações, que por incrível que pareça envolvem pessoas da família Sarney.

Mas espera aí! Não podemos colocar a culpa da crise do senado nas costas da quadrilha...ops olha eu de novo...nas costas da família. Os atos secretos somam 663 atos (sim meus queridos, são 663 atos!) e estão sendo investigados desde 1996. Opa! Chegamos a um outro nome. Quem, quem? Renan Calheiros!

Bom os atos secretos com assinaturas de Agaciel Maia (minha família que me desculpe mas esse é o sobrenome dele), que ocupava o cargo de diretor geral do senado, e um tal de João Carlos Zogbi que era responsável pela Secretaria de Recursos Humanos. Depois que os atos secretos deixaram de ser tão secretos assim, Maia teve denuncias de que teria ocultado de suas declarações de bens uma mansão em Brasília, e Zogbi deixava seus filhos morarem em um apartamento funcional do Senado. Os dois deixaram os cargos mas... continuam trabalhando no Senado! hã?

Voltando para a família. Alguém conhece João Fernando? Jorge Murad? Fernando José Macieira Sarney? Teresa Murad Sarney? Ana Clara Sarney? Roseana Sarney?

Tá bom, tá bom... Chega. Alguns estão sendo investigados pela operação Boi Barrica, e os que foram nomeados no Senado estão sendo investigados pelo MP e a Comissão de Sindicância, até o mordomo da governadora do Maranhão é servidor público, sim! Pago por nós, que chique! Você tem um mordomo, mas não o usa, tá!

O Presidente do Senado está sofrendo pressão por todos os lados. Pedem a renúncia ou afastamento, mas o que não podemos esquecer é que junto com a raposa velha, tem muitos partidos e senadores bebendo na mesma vasilha. E isso pode com toda certeza terminar em..... uma família reunida na pizzaria de algum primo!!!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Deveria ter sido a uma semana atrás, mas...A indignação...


Não entendem mesmo!

Não é a questão do papel, mas sim que representa, o suor, os choros, as alegrias, e todas as situações que voce passou nos quatro anos de faculdade para consegui-lo.


Como em um outro texto em que a questão foi levantada, os “monstros”, que já estão no mercado e consagrados, é completamente válido chama-los de jornalistas e te-los como referencia, mas o que não podemos esquecer é que estes seres humanos passaram por situações que eu tenho certeza, que as próximas gerações não sofrerão.


A situação da ditadura é um grande exemplo, uma fase que acabou despertando um sentimento nessas pessoas de que teriam que fazer algo para poder mudar a situação. Pensaram então no grande poder que existe nas palavras, (Leia Senhor Gilmar Mendes poder/ palavras !!!!).

Em um tempo que não existia curso superior de jornalismo esses “monstros” aprenderam na prática, oferecendo a cara para bater literalmente, errando e adquirindo uma bagagem fantástica.

O chá das cinco (agora com uma torradeira também) é formado por um grupo de universitárias que estão a 6 meses de se formar no curso de jornalismo, e querendo ou não, essa notícia cai como que um balde de água gelada nas costas em dia de inverno.

Aprendemos muitas coisas na faculdade, tivemos e temos mestres que nos contaram suas vivencias nas redações, no trabalho em campo e as dificuldades que iremos enfrentar no mercado. Técnicas? Sim, aprendemos técnicas de uma boa entrevista, de uma redação, saber que conhecimento é a bagagem para redigir um bom texto, ter argumentos. Filosofia, sociologia até antropologia é necessário e importante para escrever para um ser tão complexo como o ser humano.

Com toda a certeza a faculdade traz uma outra visão ao universitário, e não só a base como foi dito. Todos os estudantes independente de seu curso saem da faculdade com carencia de experiencias que serão adquiridas com o tempo nas suas atividades. Por favor não me venham, afirmar que existem jornalistas que escrevem gato com j (como li em um comentário no comuniquese), para argumentar que não é preciso diploma então. Ótimo! Essa é a única profissão que comete erros?

Queridos amigos não podemos somente olhar o nosso lado...Vamos entender o deles...Veja bem, sei que ele é um homem muito ocupado (eles na verdade), várias questões a decidir como os 663 atos secretos, um castelo, e claro o que não poderia faltar, corrupção e mais corrupção sem falar do tal que se lixa para a opinião pública... Então meus queridos, eles tinham que resolver este grande imenso e absurdo que é a exigencia do diploma para jornalista. E convenhamos esta profissão sempre foi um obstáculo para eles, desde do tempo da ditadura, esses jornalistas, os xeretas metidos a besta.

Despois dessa voce ainda acreditava que a decisão seria diferente??? Quanta ingenuidade da sua parte...há e o seu dinheiro...bom deixa pra lá... para sua indignação não aumentar, pensa como se fosse um investimento, conhecimento, experiências e amizades conquistadas...

Pois é Excelentíssimo senhor Gilmar Mendes, meus parabéns, o senhor conseguiu colocar o seu nome na história, mas não se esqueça que o obstáculo que o senhor achou que poderia ter exterminado aumentou, por que palavras, meu ilustre senhor, tem um poder absurdo e quem tem paixão pela profissão jamais esquecará disto.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um dia chuvoso


Ao despertar com barulho de chuva batendo na janela do nono andar do prédio onde moro, a vontade foi de ficar um pouco mais embaixo do edredon e cobertor, fiquei. Mas, não por muito tempo, já era passada a hora de levantar. Escolher a roupa, difícil tarefa, muito sono. No chuveiro acordo, tomar café, se aprumar e sair. A chuva continuava ... e na lenta viagem até o serviço, mais sono, os faróis sempre fechados. Os olhos pesados, pensamentos, vou chegar atrasada, com certeza.

Aí, trabalhar, trabalhar ...

Agora, o Diego tem internet no celular, e não larga o aparelho um minuto sequer. Por um lado é bom, a gente está conversando mais, porque fica difícil conversamos pessoalmente durante a semana, nosso horários não batem, então agora, passamos mais tempo trocando idéias, piadas, e declarações. Ele chegou no serviço, e adivinhem: morte da ex-pantera Farrah Fawcett. Muito trabalho ele teria pela frente.

Enquanto isso, eu estava indo para casa, ver o jogo da seleção brasileira. Mais soneca no lotação. Chegando, joguinho cheio de agonia. No fim, Daniel Alves meteu um golaço de falta. Domingo, Brasil x EUA.

Ah, dia chuvoso ...

Pouquinho mais de Tv e opa! Michael Jackson morreu! Como assim?! Na Record mostravam imagens da CNN, o Los Angeles Times havia confirmado a morte do astro pop, assim como a AP, por aqui ninguém queria confirmar. Por fim, ele faleceu hoje, em Los Angeles, ainda não se sabe direito, parece que teve uma parada cardíaca. Fiquei cantando na minha mente, “Billie Jean”, “ABC”, e claro, relembrando o famoso e inesquecível: moonwalk.


É, o cara é (foi) um grande ídolo. Não fez parte da minha vida, mas mudou a música pop e foi um campeão de vendas. Morreu jovem, 50 anos. Teve uma vida controvérsia e meio “estranha”, seus atos nunca foram bem entendidos, mas merece respeito por seu trabalho.

Dia difícil para o Di. Tá na redação até agora, trabalhando, MJ se foi.

Ah, dia chuvoso...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Los Angeles Lakers e seu MVP


Com 30 pontos de Kobe em uma vitória inapelável por 99 a 86 na noite de domingo, os Lakers fecharam a final da NBA em 4 a 1 e conquistaram o quarto título de Bryant - o 15º da franquia e 10º de Phil Jackson, que passa a ser o técnico mais vitorioso da história da liga americana.

O jogo 5 em Orlando não teve, nem de longe, a emoção de tantos outros embates de um playoff colocado entre os melhores de todos os tempos. Não teve para o Orlando. Porque, para os Lakers, a noite de domingo foi de festa. A 40 segundos do fim, com a vitória garantida, Kobe já comemorava o título com os companheiros no banco. Quando a sirene tocou, deu um abraço emocionado em Phil Jackson, com quem já teve rixas, mas foi campeão quatro vezes.

- É como um sonho, é inacreditável. Na quadra, eu mal conseguia esperar até o jogo terminar. Esse time se sacrificou muito, conquistamos esse título juntos – afirmou Kobe, no centro da quadra, eleito o MVP da final, honraria que pertenceu a Shaquille O'Neal nos três títulos anteriores.

Desta vez, Shaquille O’Neal estava longe. Sem a sombra do pivô que brilhou nos três últimos títulos do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant conquistou mais um, e agora não há dúvidas: a quarta taça é dele! Aos 30 anos, Kobe toma a NBA de assalto sem ninguém para lhe ofuscar o posto de dono do time.

Para chegar ao topo da NBA em 2009, o time de Los Angeles atravessaram uma longa estrada. Na temporada regular, foram 65 vitórias e 17 derrotas, melhor campanha da conferência Oeste. Na primeira rodada dos playoffs, a equipe passou fácil pelo Utah Jazz, por 4 a 1. Nas semifinais do Oeste, um sofrido 4 a 3 sobre o Houston Rockets. Na decisão da conferência, a vítima foi o Denver Nuggets, por 4 a 2. O Orlando foi o último obstáculo, mas também caiu após um 4 a 1.

Um ano após ser derrotado pelo Boston Celtics em decisão na qual tinha banca de favorito, os Lakers não deixaram o título escapar desta vez. Com 30 pontos de Kobe na última partida e atuações decisivas ao longo de toda a temporada, a NBA ficou roxa e dourada em 2009. Méritos de um time determinado e incansável. Um time que tem dono. Kobe Bryant, quatro vezes campeão.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

TOP 5 - Frases inesquecíveis de universitárias enlouquecidas Parte 2

Bem... Recebi diversos pedido clamando pela substituição de uma das frases publicadas no post anterior.... Por isso, apaguei a primeira frase e, no seu lugar estou publicando essa....

Espero que gostem e me perdoa Thay....

1 - Thay lê 'distraída' o título do livro

Thay: Nossa fiquei um tempão me perguntando quem seria esse Mark.. (Depois de ler o título do livro abaixo - segue a capa)







sábado, 6 de junho de 2009

TOP 5 - Frases inesquecíveis de universitárias enlouquecidas

Bom, como todo mundo sabe, qualquer universitário acaba um pouco maluco, principalmente, quando se está no último ano, já proximo do final do curso... E, mais do que quaisquer outros estudantes, aqueles que se aventuram e escolhem o jornalismo, acabam um pouco piores.

Por isso que hoje, eu vou apenas reproduzir algumas frases e diálogos ilustres que podem mostrar exatamente o que acontece com esse tipo de pessoa.

1- Rafaela conta seu dia:

Rafaela - Em determinado momento acabei intrigada.. Sabe, comi muito trigo...

2 - Camila e a sua sabedoria sobre a história da imprensa:

Camila: Eu li o texto sobre o Lutemberg. Aquele que era amigo do McLuhan..
( se referindo à Gutemberg - inventor dos tipos móveis, que viveu entre 1390 e 1468, e Marshall McLuhan, teórico e educador que viveu entre 1911 e 1980)

3 - Chris demonstra seu vasto conhecimento sobre música:

Chris: Teve um momento que só faltou tocar 'O Menino da Porteira'. "No rancho fundo. Bem prá lá do fim do mundo. Onde a dor e..."

4 - Thayna e seus conhecimentos geográficos:

Chris: Você viu, disseram que o avião pode ter caído perto do Senegal.
Thayna: Ah tah, lá onde tem os piratas.
(Piratas = Somália)

Bem, por enquanto é só... Mas até o final desse ano, muitas outras pérolas ainda irão surgir...Isso é no que dá só estudar. Todo mundo acaba ficando meio burro...

Obs: o primeiro tópico foi substituído pelo tópico do post seguinte....

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Teatro da Hipocrisia??? Imagina


Vamos a piada do dia com o tema da decisão da câmara de proibir passagens áereas para parentes de parlamentares:

“Não é justo que as mulheres e os filhos dos parlamentares não possam vir a Brasília. É preciso acabar com o teatro da hipocrisia. Quer dizer que agora eu venho para Brasília e minha mulher fica lá? Assim vocês querem que eu me separe. Esta decisão não é correta. É uma decisão acuada."
Esta, podemos dizer revolta e indignação, é do deputado Silvio Costa (PMN – PE). O qual foi aplaudido em plenário por mais ou menos cem parlamentares.

Que maravilha!!!! É bonito de ver a manifestação da democracia. Percebe caro leitor, que quando algo não está de acordo com os interesses da maioria eles se juntam e protestam, ou quando alguém decide algo por eles, o qual os prejudicam eles também se juntam e protestam....mas não vai confundir e achar que pode fazer o mesmo, se o posto de saúde do seu bairro não tem médico, ou se saneamento básico é uma lenda, ou então se um pobre coitado tem que largar a família no interior do nordeste para tentar a sorte em alguma cidade...Opa! Caros parlamentares não é a mesma situação de vocês????

E o mais interessante é que esta decisão pode ir para votação no plenário... e dou um doce para quem acertar o resultado desta hipocrisia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Não mudou nada mesmo


"Nosso trabalho é arte, algo que tem de dar emoção para o nosso grupo, para as pessoas que se identificam com a gente. (...) Na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?".

A dona da frase acima é a estilista Gloria Coelho, em resposta a proposta do ministério público sobre cotas nas passarelas para negros.

Estamos no século 21 e incrivelmente existe pessoas com a cabeça no século 20. A atriz Isabel Filardis em entrevista a Terra Magazine disse estar pasma com a declaração da estilista. “O negro só pode ser serviçal, você está entendendo onde está o preconceito? Está no subconsciente das pessoas. É subliminar. Ela não sabe que é preconceituosa. Eu vou crer nisso. Isso é preconceito. Ele só serve para servir, o negro. Para brilhar na passarela, para ser internacional, para ganhar dinheiro, como a Gisele ou como qualquer um, não pode. É horrível isso. Dói. Isso dói muito, sabe? E tenho pena. Eu tenho pena. Tenho, realmente”, diz Isabel.

Elaborar cotas para negros já é uma situação dificil e que gera muita discussão, agora ouvir uma pessoa envolvida com moda, reconhecida no exterior falar desse jeito, tenho que concordar com Isabel, é triste e dá pena realmente.

Até quando vamos ficar discutindo sobre preconceito? Até quando as pessoas vão perceber que todos são seres humanos e independente de cor da pele, o que vale é o carater, inteligência e capacidade.

E o mais engraçado é que um país como o nosso Brasil, para você peneirar quem é ou não é negro é uma questão extremante difícil e idiota. E mesmo com a miscigenação ainda ouvimos pessoas falando esse tipo de bobagem, realmente é triste.

Com a eleição de Barack Obama como presidente dos EUA pensamos que o preconceito poderia estar acabando, mas com um discurso como da Gloria Coelho poderemos considerar que isso está longe de acontecer, e por que não (ela) diria a respeito da presidencia dos EUA, “ na casa branca tem muito faxineiro jardineiro e segurança negro...”.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

“O cara boa pinta”


A conturbada reunião do G20, que acontece em Londres, tem aqueles encontros de líderes, algo parecido com que temos em reuniões de empresas, aquele “coffee break” em que os patrões “querem” socializar com os subordinados. E em rodinhas de patrões e empregados, elogios são fatos.

Na rodinha do G20, o presidente norte-americano Barack Obama, elogiou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Obama troca um aperto de mãos com o presidente brasileiro, olha para o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, e diz, apontando para Lula: "Esse é o cara! Eu adoro esse cara!".

Em seguida, enquanto Lula cumprimenta Rudd, Obama diz, novamente apontando para Lula : "Esse é o político mais popular da Terra".

Rudd aproveita a deixa e diz : "O mais popular político de longo mandato".

"É porque ele é boa pinta", acrescenta Obama.

Lula deve ter ficado contente com o elogio, assim como subordinados gostam de receber elogios de patrões. Em meio a crise e as tentativas de achar soluções, Obama mostra-se disposto a elogiar quem pode ajudá-lo. Pois o Brasil, sendo um país “emergente”, “em desenvolvimento”, seja que nome dêem, é um grande aliado para resolver os problemas da crise.

Então, na crise, ou na tentativa de sair dela, nada mau o patrão massagear o ego da sua força trabalhadora.

Link para o vídeo da BBC

quarta-feira, 1 de abril de 2009

STF decide: Exigir ou não exigir o diploma de jornalista


Viva as pessoas que por hobby gostam de escrever, independente do assunto ou da maneira, podem serem consideradas jornalistas.

- ” Bom não sou formado, gosto de escrever ...sou um jornalista”.

Essa vai ser a frase mais escutada caso o Sr Gilmar Mendes aprovar a extinção do diploma.

Tenho certeza absoluta de que para qualquer profissão é necessário um diploma, porque então para jornalismo não é?

Na universidade se aprende muito sobre o mundo jornalístico. Concordo que existem pessoas que não são graduadas e fazem um excelente trabalho, tudo bem! Mas hoje com a tecnologia que temos, e empresários querendo fazer de tudo para driblar despesas adorariam ter um zé blogueiro para escrever no seu jornal diário sem nenhuma qualificação, ética ou compromisso para com a sociedade. Sem citar o mísero salário que será oferecido. Piso salarial? Pra quê!

O papel confesso que não tem importância, mas o conhecimento adquirido nas salas de aula sim. E para você passar pelo processo de aprendizagem é necessário sim o papel cujo nome é diploma.

Há já ia me esquecendo, para todos aqueles intelectuais que afirmam e reafirmam que o Pânico na tv não é jornalismo.....se o tio Gilmar achar que não é obrigatório o diploma ......então....

Folha de São Paulo, fiquei feliz quando li a materia no portal imprensa a respeito da opinião do jornal em relação ao diploma de jornalista. “A obrigatoriedade do diploma afronta a liberdade de expressão, diminui a oferta de informação de qualidade e se reveste de anacronismo na era da internet, quando todos têm a oportunidade de apurar e publicar notícias". É....dizer o que de quem chama o periodo de ditadura no Brasil de “ditabranda”.

terça-feira, 24 de março de 2009

Vida High-tech: você carrega o que além da tecnologia?


Lendo algumas notícias sobre tecnologia e comunicação, comecei a pensar sobre quantos aparelhos celulares e acessórios eletrônicos carrego comigo durante o dia.

É claro que eu sei que não é exclusividade minha carregar toda essa 'parafernália' e, sinceramente, isso é o mais assustador. Quantas coisas eletrônicas ou o que seja, as pessoas carregam no dia-a-dia??? Lembro de uma vez, quando escutei uma garota dizer ao namorado que não se esquecesse de devolver seu pendrive porque o item era indispensável durante o dia......Por que indispensável????

Tudo bem, que todas essas coisas são úteis e facilitam o trabalho ne maioria dos casos, mas nem por isso, qualquer uma dessas coisas deve ser tão importante a ponto de ser tonarem necessárias, ou melhor, indispensáveis o dia inteiro.

Pensando nisso, fui olhar minha mochila e me deparei como seguinte 'cenário': 1 pendrive, 1 MP4, 1 adaptador USB e meu inseparável celular que me permite ter duas linhas, além de diversas outras coisinhas.
Eis que me lembrei de uma aula que tive outro dia, quando o professor (ou a professora, não me sei bem em qual aula foi) perguntou se nos lembravamos de quando ainda não era tão comum utilizar a internet ou ter um celular, ou qualquer dessas coisas....

Refletindo rapidamente sobre o tema, resolvi realizar uma busca na internet (olha só que coisa) e me deparei com diversas outras notícias falando sobre o crescimento do número de assinantes de telefonia móvel, tecnologias que já estão ultrapassadas e deixando de serem utilizadas (li que várias pessoas acham que o e-mail é coisa de pessoas velhas - quer dizer que agora eu tenho 800
anos????), e sobre os novos gadgets (palavra utilizadas pelos geeks para designar as "geringonças" eletrônicas de que estou falando, rsrs).

Então, depois disso tudo, fiquei me perguntando: Qual foi o verdadeiro motivo que levou o ser humano a se tornar tão dependente
dessas coisas? a-) Necessidades verdadeiras b-) A globalização c-) Problemas de auto-estima....
Eu acho que o mais provável é que todas as alternativas estejam corretas, uma vez que nós realmente passamos a precisar de alguns desse itens e as mudanças no mundo nos fazem utilizar essas coisas no cotidiano.
Mas, em muitos casos, acho que a terceira opção é a que mais se aplica. Todos os dias, quando estou no ônibus ou no metrô, ou mesmo andando na rua, vejo pessoas mostrando seus celulares, ou MP3, MP4 (MP qualquer que seja o número), celulares com rádio ou TV, câmeras digitais, smartphones, notebooks ou netbooks, GPS, pen drives servindo de chaveiro, e inúmeras coisas que chamam a atenção de todos.
Isso sem contar os fulanos que escutam música sem fone de ouvido só para chamar a atenção.

No final das contas, chego à conclusão de que ninguém precisaria dessas coisas se ficasse mais tempo com sua família, cultivasse melhor suas amizades, ou simplesmente 'gastasse' algum tempo observando as coisas simples que a vida e o mundo nos oferecem.

Sinto falta de quando não era 'dependente' do celular e nem sabia direito o que era internet. No fundo, acho que todos eram mais felizes!!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Um pensamento sobre o papel da TV e da mídia na vida real

Hoje (03) eu estava no trabalho, esperando para acabar o expediente, quando comecei a pensar na nfluência que a tv tem na vida das pessoas. Claro que esse pensamento não apareceu sem motivo.

Assim como qualquer pessoa (que eu espero que seja considerada normal) tenho minhas preferências na hora de assitir TV ou acompanhar algum tipo de programa. E, apesar de não gostar de novelas, e muitas vezes nem saber quais os programas que ainda estão no ar, sou extremamente "viciada" em seriados e filmes.

Com relação aos filmes, não existe um genêro que me agrade mais (a única exceção, entre os que eu não gosto, são aqueles que exploram o sofrimento, a dor e a morte como opção de diversão).
Já com relação aos seridos, confesso que sou fã (ênfase em fã) de Lost, e agora, graças a minha nada amiga Monique (que também escreve para esse blog), também comecei a acompanhar Grey's Anatomy.

E qual não foi a minha surpresa quando me peguei completamente "apaixonada" por essa série.
Como já disse, já sou especialmente interessada em Lost, e por nada perco um episódio (nenhum mesmo, tanto que já estou assitindo a 5ª temporada que está sendo exibida somente nos EUA). Sua história completamente confusa e cheia de mistérios sem solução, me agrada e me faze ter o meu momento de descanso de toda essa realidade complexa que se desenvolve a minha volta.

Mas Grey's Anatomy, me fez pensar em outras coisas. Além de, logicamente e assim como diversos outros seriados, mostrar tudo aquilo que queremos ver, ouvir e sentir, o seriado (pelo menos para mim) trouxe algumas reflexões sobre o poder que a mídia, a TV, e etc, tem sobre as pessoas.

Quando eles começam a mostrar todos os romances, vidas, histórias, pensamentos dos personagens, o espectador sente com se estivesse vivendo aquilo, como se aquela fosse a sua história ou, pelo menos sente que gostaria que a sua realidade fosse como aquela.

Claro, que todo mundo já sabe disso e que é justamente isso o que os anunciantes e emissoras mais desejam. E foi justamente nisso que eu comecei a pensar.

Eu e (espero) a maioria das pessoas sabe quando deve separar a realidade da ficção e sabe que tudo o que é mostrado acontece de maneira bem diferente na vida real. Mas, eu imagino que algumas pessoas não consigam separar isso muito bem. Esses espectadores (não somente dos programas, mas também da vida) veem aquilo como base para suas vidas, desejos e relacionamentos como se o resto do mundo fosse responder como os personagens.

Hoje eu li uma reportagem que dizia que o excesso de TV pode causar depressão. E, sinceramente, essa deve ser a mais pura realidade.

Basear sua vida e expectativas na ficção romântica e perfeita da TV, onde tudo sempre acaba em final feliz, faz com que as pessoas esqueçam que a realidade pode ser mais difícil do que gostaríamos que fosse, mas que, ao mesmo tempo, também pode trazer surpresas e alegrias maiores do que jamais poderíamos desejar assistir.
Pelo menos, é o que eu acho.E como eu disse no título, esse foi só um pensamento...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

200 anos de Edgar Allan Poe: um mestre dos contos

Exatamente hoje, 19 de janeiro de 2009, se comemoram os 200 anos de Edgar Allan Poe.

Conhecido por ter tido uma vida "complicada", nem mesmo sua morte deixou de acrescentar mistério à sua história. Seus contos são até hoje, fonte de inspiração para os apaixonados pelo mistério.

Em cada um, um misto de loucura, terror, sentimentos inexplicáveis, sensações impossíveis de serem descritas, prendem o leitor até a última palavra. Durante sua vida, publicou diversos livros de poesia, além de textos e contos em prosa, que foram impressos em jornais da época.

Um dos seus mais famosos contos chama-se "O Corvo". Neste poema, a figura do corvo que posua no busto de Atenas, representa a morte e seu impacto sobre o personagem, que lamente a pedra de sua amada. A ave também simboliza o pesar presente na alma do personagem principal.

Confira uma das várias traduções deste poema:
O CORVO

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais «Uma visita», eu me disse,
«está batendo a meus umbrais. É só isso e nada mais.»
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais — Essa cujo nome sabem as hostes celestiais.
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo,
«É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isso e nada mais».
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
«Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita, E a única palavra dita foi um nome cheio de ais — Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isto só e nada mais.
Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
«Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.»
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
«É o vento, e nada mais.»
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais.
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
«Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.»
Disse-me o corvo, «Nunca mais».
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais.
Com o nome «Nunca mais».
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais Todos — todos lá se foram.
Amanhã também te vais».
Disse o corvo, «Nunca mais».
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
«Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais.
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais.
Era este «Nunca mais».
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais.
Com aquele «Nunca mais».
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais.
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!»
Disse o corvo, «Nunca mais».
«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais,
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais, Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!»
Disse o corvo, «Nunca mais».
«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse.
«Parte! Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!»
Disse o corvo, «Nunca mais».
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
(Tradução: Fernando Pessoa)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Adoção

No dia 13 de janeiro um juiz de Ribeirão Preto (SP) concedeu a adoção definitiva de quatro crianças.....até aí nada de mais não é mesmo? Mas o que chama a atenção são os pais, estas crianças que são irmãos, foram adotadas por um casal homossexual.

João Amâncio, 35, e Edson Paulo Torres, 42, estão juntos há 17 anos e viviam com as crianças desde 2006. Com idades de 7 a 12 anos são negras e consideradas velhas, viviam em um abrigo e os únicos a quererem adotada-las foram João e Edson.

Segundo o juiz da Infância e Juventude Paulo Cesar Gentile, (que concedeu a adoção)"Não é uma adoção corriqueira, mas não encontrei nenhum óbice legal. Concedi a adoção porque criou-se laços de afetividade e as crianças estavam emocionalmente bem", afirmou Gentile.

De acordo com o casal a rotina da casa mudou, tiveram que comprar um carro maior, construir um quarto de meninas e um para os meninos. Afirmam também que as crianças melhoraram, Suellen,12, deixou de ter desmaios. Caroline, 10, que se mordia e arranhava, hoje vai bem na escola. A caçula, Beatriz, não tem mais sonos turbulentos. E Willian, 7, parou de mexer na mochila dos colegas de classe.

Bom, na visão da sociedade isso é uma violação das regras. Mas vamos pensar um pouco, são quatro crianças, negras, e já grandinhas, sabemos que para adoção muitos pais preferem bebês e de pele clara. Então é preferível que estas quatro crianças fiquem no abrigo até completar a maior idade, sendo privada de carinho e amor? Não que no abrigo elas não tenham, mas acaba sendo diferente de amor de família.

E a figura materna, como fica na cabeça das crianças?

Pois é pensei nisso também.... mas ainda sem um argumento convincente, acho válido que essas crianças sejam adotadas com todos os critérios que são usados no processo de adoção.

E você o que acha?


fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Pai vende filha nos EUA


É ainda muito comum acontecer casamentos "arranjados", em culturas orientais. A tal história da noiva prometida à um homem desde a infância. Além de interesses econômicos, essa prática revela um machismo exacerbado. É sempre a mulher que é a tal prometida, é sempre a mulher que deve se manter casta até o casamento, sendo até mesmo crime ter relações sexuais com um homem que não seja seu marido, claro, após o casamento. Já os maridos, tiveram muitas relações antes do casamento, e até mesmo durante o casamento mantém outras mulheres, além da sua(s), como objetos sexuais.

Em muitas culturas as mulheres ainda não tem voz, nem ao menos rostos, escondidas em véus, em medo. Escondidas no tal "sonho feminino", passado de geração à geração, de casar-se e dar filhos ao seu marido, de preferência, filhos homens.

Mas essa cultura não é um “privilégio” do mundo oriental, na cultura ocidental, o machismo ainda é fato, e muitas vezes, fato consumado.

Nos EUA um pai resolveu vender sua filha de 14 anos por US$ 16 mil (cerca de R$ 37 mil), cem caixas de cerveja, várias caixas de carne e outros objetos. Combinou o casamento da menina, estipulou um preço e quando não recebeu o valor estipulado chamou a polícia para o marido de sua filha, um jovem de 18 anos. Margarito de Jesus Galindo, o marido, foi detido pela polícia, por estupro presumido, e Martinez, o pai, foi levado sob suspeita de tráfico humano. A adolescente voltou para a família.

Para muitos homens as mulheres continuam a ser objetos de troca...

Pobre do homem que não enxerga que a real beleza da mulher aparece quando ela é amada e respeitada.

E pobre da mulher que é obrigada a obedecer todas as determinações de homens que nunca as vão respeitar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Globo de Ouro - prêmio póstumo

Não sou a melhor pessoa para comentar sobre cinema mas vou arriscar....dentre as cinco Rafaela Oliveira leva o Oscar para casa.

Depois que colocamos a enquete dos filmes no blog, fomos “forçadas” ( uma situação forçada incrivelmente maravilhosa) assistir os filmes indicados. Quando assisti Batman - o cavaleiro das trevas- concordei com os críticos a respeito de Heath Ledger representando loucamente o Coringa.

Ontem dia 11 de janeiro aconteceu a premiação do Globo de Ouro. Leadger acabou levando o prêmio de melhor coadjuvante. Quem o recebeu foi o diretor Christopher Nolan. A família não pode comparecer mas de acordo com a revista People, Kim Leager (pai de Heath) afirma: “Estamos muito alegres por ele. Foi maravilhoso”.

Seria injustiça alguém pensar que Leager ganhou o prêmio por já estar morto, como se fosse uma homenagem. Foi um louco e brilhante Coringa que se destacou mais que o próprio Batman. E até o cowboy do filme “o segredo de Brokeback Mountain” foi uma atuação incrível.

Faço as palavras do diretor ao receber o prêmio:

"Aceitamos esse prêmio com muita tristeza, mas também com muito orgulho. Depois da morte do Heath, ficou um vazio no cinema", disse o cineasta.

Heath Ledger morreu no dia 22 de janeiro de 2008, por uma intoxicação acidental de remédios aos 28 anos.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

"Faltam comida, remédios e sacos para mortos"

Por mais incrível que possa parecer, esse é o título de uma notícia que eu li hoje na internet.
Assim que coloquei os olhos nessa reportagem e comecei a ler o texto, logo um sentimento de revolta tomou conta de mim.

Ao contrário do que algumas pessoas possam pensar, não foram as palavras utilizadas que causaram esse sentimento, mas os fatos que levam notícias como essas a existirem.
Apanhados pelos conflitos que tomam conta do lugar onde vivem, a população de Gaza agora também sofre com a falta de ajuda. Falta essa causada não pela ausência de pessoas e organizações dispostas a socorrê-los, mas causada pela falta de caráter e humanidade daqueles que iniciaram esses conflitos.

Um boletim divulgado pela Cruz Vermelha define a situação do lugar como "caótica e extremamente perigosa". Os ataques danificaram hospitais, prédios, mesquitas, redes de água e luz, além de equipamentos (como geradores).

É claro, que "problemas" como esses já são esperados em guerras. Mas, então porque não deixar que essas pessoas sejam atendidas?????

Os combatentes têm impedido o atendimento, e médicos e voluntários já morreram. Relatos do grupo Save the Children afirmam que os ataques e embates tornaram as ações de ajuda perigosas.

E sabe quem são as mais prejudicadas nessa história? As crianças. Vivendo, ou melhor, tentado sobreviver em temperaturas que chegam à zero grau centígrados durante a noite, milhares de crianças e recém-nascidos correm o risco de morrer por hipotermia.
Ainda segundo a ONG Save the Children, as famílias são forçadas a deixar abertas as janelas para evitar que os vidros quebrem com a força dos bombardeios tornando impossível o aquecimento.

Ou seja, mais uma vez os mais frágeis, delicados e indefesos, aqueles que nem deveriam saber que o sofrimento e a maldade existem, são os que mais sofrem nesse mundo.

O mundo só poderá ter um futuro de paz, repleto de amor e alegria, se as nossas crianças forem preservadas, cuidadas e amadas. Como esperar um futuro, se aqueles que deveriam transformá-lo podem nem mesmo chegar a vivê-lo?

"De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o homem do que as crianças?" (Ernest Hemingway)

Com informações da EFE e da Reuters.