sexta-feira, 27 de abril de 2012

Satisfeito? Nunca!

Que droga, tá chovendo”.
“Que calor insuportável”.
“Que frio! Não vejo a hora do verão chegar”.
“... o que precisava mesmo era chover...” e blá, blá...

Isso pode ser falado por apenas uma pessoa. Será que é uma necessidade biológica reclamar tanto da vida? Hum...

O comportamento humano é muito interessante. Se está empregado reclama do emprego, dizendo que está cansado, não suporta os colegas ou então o bendito chefe. Se está desempregado... O desespero e a depressão tomam conta.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Príncipe Encantado versus Homem Real


Vou basear esse texto em um de meus personagens favoritos de Once Upon a Time, James – Príncipe Encantado/David -, mais uma série na qual me vicei em 2012. Para quem ainda não conhece, já fica aqui minha recomendação e uma pincelada da trama.

Todos lembram-se da Rainha Má da Branca de Neve? Aquela que queria ser a mais bela de todo o reino, mas foi avisada pelo espelho de que perdia para sua linda enteada... Once Upon a Time, baseia-se, em sua trama principal, na fixação da rainha por Branca de Neve. A madrasta mega evil, resolve acabar com o final feliz de Branca, e junto com o dela, o de todos os personagens dos contos de fada. Mas, como? Simples... a Rainha, ao lado de Rumpelstiltskin (difícil escrever – por isso o chamo de Rumpels) criou uma maldição, na qual todos os personagens perderiam seu final feliz, indo ao mundo real, ou seja, aqui, onde vivemos sem o final feliz.

Sente o drama, todos aqueles fofos jogados numa cidadezinha, Storybrooke, do mundo real. E sem ter a mínima ideia de quem são, verdadeiramente. Mas, não se desespere, sempre há um jeito de quebrar a maldição! Emma, filha de Branca e seu príncipe encantado (charming lindo) James, foi enviada ao mundo real, antes mesmo dos outros personagens, e é ela que tem o poder de quebrar a maldição, pena que ela nem sabe...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Macho Alfa - da perspectiva Khal Drogo

Discussões sobre as mudanças no comportamento da sociedade, fervilham, ao menos em minha cabeça.  Tudo está em constante mudança, nisso concordo com Grey’s Anatomy e discordo de House (people don’t change – pessoas não mudam). Desde a sua formação, no ventre de sua mãe, quantas mudanças você pode contar? Enfim, se as pessoas mudam, a mudança da sociedade é consequência. O que mais me “incomoda” é analisar as mudanças do papel do homem e da mulher. No século XX isso mudou rapidamente, de uma mulher submissa fomos apresentados a uma mulher poderosa, auto suficiente ... de um homem autoritário, fomos apresentados ao metrossexual.

Não vou entrar no mérito – não nesse texto – das mudanças em si. Mas, o que tenho observado é como essas mudanças podem influenciar no relacionamento, homem/mulher. Se um dia a mulher foi criada para ser ótima esposa, saber cuidar do lar e filhos, hoje a mulher é quem mais estuda, esforçando-se para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, ainda machista, onde homens e mulheres, com a mesma função e qualificação, ganham salários diferentes. Homens já foram criados para ser o mantenedor do lar, não deixar faltar ... hoje, dividem esse “fardo” com a mulher. Mas, só esse. Pois é a mulher que acumula tarefas... filhos, pagar contas, escolher a decoração nova, fazer a janta... (Há exceções, claro que há)...

Sinto que tá “todo mundo” procurando um alguém pra sempre, mas ninguém quer assumir o risco de ficar com esse alguém pra sempre. Afinal, hoje, há tantas possibilidades... tantas pessoas que posso conhecer, quem me garante que só uma me fará feliz? E, agora que a expectativa de vida cresceu um pouquinho...sou muito novo ainda... há tempo para experimentar... (sem julgamentos [?] rs).

quarta-feira, 11 de abril de 2012

STF julga liberação de aborto em feto sem cérebro

Esse tema só veio a meu conhecimento ontem, ao ler a coluna semanal da excelente Eliane Brum, no site da Época. Gosto muito dos textos da Eliane, que do jornalismo literário, talvez o que mais enxergo neles é a capacidade de levar a uma compreensão de um fato e não mera explicação, como o jornalismo cotidiano se habituou a fazer.

Lendo a coluna, fui apresentada ao ponto de vista da autora, claro, mas também, fui apresentada a uma mulher. Severina. Lá do sertão. Mulher simples, vivendo sua vida com a família, quando o baque de ter um neném sem cérebro dentro dela, os atinge. Ao compreender que esse bebê não tinha como sobreviver, opta pelo aborto, lá em 2004. Um dia antes de fazer o aborto, o STF lhe nega essa direito. Começa assim a peregrinação de Severina.

Fui fortemente tocada por sua história. Severina carregou o filho na barriga, como um fardo. Tenho certeza de que o lado psicológico dessa mulher foi torturado. Imagino aqui de longe, quantos “por quês” ela levantou a Deus. Como torceu por uma esperança vã, de que seu filho pudesse superar a falta de cérebro e esperou um milagre da reconstrução de sua cabecinha. “Eu sinto o coração dele bater, mas ele não se mexe”, disse Severina. Por instantes do documentário, eu senti a dor de Severina.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Gosto de beijo

Tem beijo
Com gosto de desejo
Gosto de surpresa
Gosto de saudade

Tem beijo
Gosto de bala de hortelã
Gosto de paçoca
Gosto de leite condensado

Tem beijo
Gelado, com gosto de sorvete
Ou açaí

Tem beijo
Quente!

Tem beijo
Com gosto de amargura
Gosto de despedida
Gosto de travessura

Tem beijo
Com gosto de fome
Gosto de chiclete
Gosto de acordar
...
E tem beijo
Com gosto de cebola
Hmm aquele gostinho ácido
Que se torna doce no fim

Taí, beijo com gosto de cebola
Um de meus preferidos

terça-feira, 3 de abril de 2012

Dia chuvoso


Dia chuvoso, o menino olha na janela, as gotas batem, fazem um barulho engraçado, mas o que é mesmo bonito é ver as gotas no vidro, como que se o vidro estivesse chorando, diante do tédio, o menino ajeita a touca cinza na cabeça e prossegue contando as lágrimas da janela.

Olha pra cima, nenhum sinal de vida, tudo nublado. Dias nublados são cansativos, vagarosos, penosos. Respira fundo, coração apertado, parece mesmo tudo cinza. A pele branca parece brilhar em dias como esse, puxa as mangas do moletom.

Ajeita-se debaixo do edredom, no sofá surrado, olha a TV em sua frente, brilhos esmaltados. Seus olhos azuis doem ao sair do cinza para as cores de um desenho. Aventuras repetidas, mais uma vez a mesma cena, que infância!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Tum tum tum

É um tum tum tum

Descompassado
Tá apertado
Difícil respirar

Tum tum tum
Dessa vez
Você nem é o culpado

Fui eu quem acreditou
Uma vez mais
Tum tum tum

Peito apertado
Sono desregulado
Tum tum tum

Sofro mais uma vez
E a culpa é minha
Tum tum tum

Quando não mais acreditar
O que você fará?