segunda-feira, 11 de abril de 2011

Música


Acho difícil observar parada, às vezes penso que presto mais atenção se estiver andando. Fiquei com um pouco de dor nas costas porque estava olhando em pé, escorada numa mureta, enquanto minhas amigas estavam sentadas. Ok, não sentei porque não quis. Tinha espaço.

Observei várias coisas e pessoas, e tive a mesma impressão que tenho todos os dias quando olho as pessoas na rua, nas estações ou pela janela do trabalho: que deve existir uma música “universal” tocando baixinho, mas tão baixinho, que ninguém pode escutar, apenas sentir, e, por isso, todos “dançam” em um compasso único, mesmo sem saber.

Digo isso porque observei um senhor fazendo entrega de bebidas. Olhava ele pegando os engradados de latinhas de Coca-Cola e preenchendo o carrinho, colocando os engradados em posições alternadas. Não deixava de imaginar como aquele senhor, que já deve trabalhar a muito tempo nessa função tão cansativa, não tinha tanta força para aquele trabalho, mas mesmo assim o fazia, empurrando o carrinho com as bebidas na direção do seu destino.