sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Você viu? Então denúncie, Celso Pitta vale R$ 1 mil


Passando por “necessidades”, família de ex-prefeito Celso Pitta oferece recompensa de R$ 1 mil para quem denunciar à polícia seu paradeiro. "Estamos fazendo isso por necessidade máxima", disse a filha do ex-prefeito, Roberta Camargo Pitta do Nascimento.

O ex-prefeito teve prisão decretada oela 5ª Vara de Família de São Paulo na semana passada, por uma dívida com a ex-mulher de pensão alimentícia questionada na Justiça. Desde essa data foi declarado foragido pela polícia.

A ex-primeira dama de São Paulo cobra o pagamento atrasado de 5 meses de pensão alimentícia. A oferta de recompensa pela prisão de Pitta foi feita, segundo Roberta, porque se precisa de "ajuda para capturar ele". "Não perdemos a esperança na polícia. É uma pessoa que tem certa periculosidade. Precisa de ajuda pra capturar ele", disse a filha do ex-prefeito.

A garantia de que a recompensa vai ser paga, segundo Roberta, é somente a "palavra" da mãe. A família pede para que quem tenha informações, que levem à prisão de Pita, procure a delegacia mais próxima para fazer as denúncias.

Como dizem, nesse País a única coisa que deixa uma pessoa na cadeia é o não-pagamento de pensão alimentícia. Se acharem Celso Pitta ele será preso com justiça, mas não pelos crimes certos.
Dá-lhe justiça brasileira!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Saramago no Brasil


Nesta quarta-feira (26), o escritor português José Saramago, recebeu uma homenagem na Academia Brasileira de Letras, durante o lançamento mundial de seu livro, “A viagem do elefante”.

Em discurso Saramago falou sobre a língua portuguesa e literatura: “A questão da linguagem é fundamental na narrativa”, disse, citando o romance "Grande sertão: Veredas" de Guimarães Rosa como exemplo.

José Saramago é o único escritor da língua portuguesa premiado com o Nobel da Literatura, e é conhecido internacionalmente por romances como “A jangada de pedra” e “Ensaio sobre a cegueira” – este último, adaptado para o cinema sob ó título de “Cegueira” pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles (quem ainda não viu,veja!). Em setembro de 2008, o escritor abriu um blog onde relata suas opiniões e reflexões – inclusive sobre o Brasil.

Saramago participa ainda do lançamento do novo romance no SESC Pinheiros, em São Paulo, nesta quinta-feira (27) e da inauguração da exposição “José Saramago: A Consistência dos Sonhos”, que abre na próxima sexta-feira (28) no Instituto Tomie Ohtake.

“A viagem do elefante” é baseado em um fato verídico: o rei de Portugal, Dom João III, resolveu dar um elefante de presente ao arquiduque da Áustria em 1551. O romance mostra a jornada do elefante Salomão, que encontra pela Europa uma série de personagens históricos e anônimos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mais um novo registro de nascimento


Podemos dizer que o trabalho de parto começou na noite de domingo (16/11) para segunda. Algumas das mães não dormiram direito e logo pela manhã pronto! O nervosismo e a ansiedade já nos tomou conta. Celulares a postos e cabeças a mil.

Ás 8 h e 25 min nos despedimos do pai Diego. Seguimos então com todo cuidado para o metrô. Esperamos um, dois, e embarcamos no terceiro que estava menos lotado. Frizando que as cabeças das mães continuam extremamente nervosas e interligadas. O pai também está preocupado, pois não dormiu a noite por culpa da criança e foi para de fisioterapia atrasado pela demora de uma mãe.

Desembarcamos na estação Sé, o medo toma conta. Quanta gente, e aquele empurra e não empurra o bebê fica em uma situação super apertada preocupando ainda mais as mães. Sem contar com aquelas que não puderam estar presente mas o coração estava nas mãos.

Chegamos no local que iria trazer o nosso bebê ao mundo, indicado pelo padrinho Diego Marcel. Não sabemos qual nervosismo é o pior, se é aquele que você está sentada esperando alguém descer com ele nos braços ou as mães que ficaram em seus respectivos trabalhos esperando uma notícia qualquer. Entregamos, esperamos, momentos de tensão, ligar, atender, alívio, espera, paciência, atender novamente, espera, atender, fome, espera, espera,espera e finalmente as 13 horas, a felicidade e alegria de ver os nossos 7 bebês ! É lindo! É único! É maravilhoso!

Chegou a hora de ligar para as quatro mães, mas a mãe não conseguia falar de tanta emoção e a adrenalina abaixando, então resolveu escrever: Nasceu!

Nasceu a nossa primeira revista que foi batizada de Mídia in foco e assinamos ontem a certidão de nascimento com a Ana Paula na seguinte ordem:

Chorando de alegria, mas detestando a foto– Christiane Aguiar

Querendo pegar de volta, pensando como vai fazer para roubar uma – Monique Souza

Em seu pensamento é lindo lindo, com os olhos marejados – Rafaela Oliveira

Precisamos comprar presentes para tanta gente – Rebeca Borges

Eu o peguei no colo quero quero e quero – Thayna Santos

Este projeto aconteceu e ficou lindo graças ao pai Diego, que com toda a sua competência trouxe a vida uma revista linda. Há não podemos esquecer da madrinha Thais que também colaborou muito com a sua criatividade. O que nos resta é agradecer!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

[REC]: Assustador


Em um sábadão, em meio a ajustes finais na revista Mídia In Foco (Projeto Experimental da Faculdade), e descanso merecido, nada como ir ao cinema no fim da noite, para acalmar, distrair e claro, compartilhar de uma companhia prá lá de agradável.

Escolher um filme: nada da franquia 007, “Última para 174” já não dava mais tempo. Com a demora na fila, um pouco de indecisão, ganhou “[Rec]”, um filme de terror, cuja a sinopse me foi dada por Diego. Bom, nada a temer, nunca fui de ter medo de filme, e ainda estava com meu protetor. Antes de entrar na sala: muita pipoca!

O filme começa, e as falas em espanhol...

Monique: É espanhol?
Diego: É!
Monique: Hum...

“Aquele breve pré-conceito por não ser uma produção Hollywoodiana” ... que passou rapidamente, pois o filme te prende. Com aquele ângulo de câmera em mãos, é impossível se desprender da tela, até mesmo nos momentos mais horripilantes, e olha, não são poucos.

Uma jornalista e seu operador de câmera estão fazendo uma reportagem em um quartel do Corpo de Bombeiros com a intenção de mostrar o dia-a-dia desses profissionais. Mas ao acompanhá-los a uma de suas saídas noturnas, o que parecia uma ocorrência rotineira de resgate se converterá em um autêntico inferno. Presos no interior de um edifício, os bombeiros e a equipe de televisão vão se deparar com um horror desconhecido e letal.

Isso mesmo, Zumbis! Nunca gostei de filmes de zumbis, por achar fantasioso demais. Mas em meio ao filme, nada parecia fantasioso, era real. Ainda mais quando fui deixada sozinha por instantes para nos abastecer de mais pipoca, que medo! Ainda bem que ele foi rápido, como todo super-herói.

A sala de cinema pulava em certos momentos. Muitos sustos. E no final, nossa, até o meu super-herói saltou da poltrona. Surpreendente!

Nunca um filme de terror foi tão engraçado, ao menos pra mim. Pois, os comentários, os sustos pós-filme, foram todos muito divertidos. E um fim de noite incrível, com um namorado atencioso, que subiu comigo até o 9° andar do prédio onde moro.

Não estava com medo, era charme, para ter mais segundos preciosos ao lado de quem se ama!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cadê o 78252?


No auge da guerra fria em 21 de janeiro de 1968, um avião carregado com quatro bombas nuclear cai na Groelândia (província autônoma da Dinamarca). Ele era um dos bombardeiros B-52 e se chocou no gelo do mar.

O governo na época deixou claro de que as bombas foram destruídas. De acordo com documentos secretos obtidos pela BBC, três misseis foram destruídos, mas o 78252 (o quarto) não, sabe porque? Porquê ele está perdido em algum lugar no oceano.

Este míssel foi perdido assim que o gelo derreteu. O governo norte americano tentou localizar utilizando submarino mas não obteve sucesso, e acabaram desistindo. De acordo com William H. Chambers, um ex-projetista de armas nucleares do laboratório de Los Álamos, nos Estados Unidos, "Houve decepção por causa do que pode ser chamado de fracasso na recuperação de todos os componentes", disse Chambers à BBC, referindo-se à bomba não encontrada. "Seria muito difícil para mais alguém recuperar peças secretas se nós não podíamos encontrá-las."

O correspondente da BBC em assuntos de segurança Gordon Corera, a idéia na época é que o material de revestimento da bomba poderia se desmanchar e espalhar a radição pelo oceano. Mas ele acredita que como é um imenso reservatório de água, nada iria ser afetado.

Já os moradores da região, alegaram para o reporter da BBC de que tiveram sim problemas no ambiente e com a saúde por culpa da radiação. Esta declaração não é confirmada pelas autoridades.

A BBC teve acesso aos documentos graças a lei de liberdade de informação nos EUA. Mas ainda existem "papeladas" sobre o assuntos mantidos em sigilo absoluto.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vai para o arquivo


Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, 9 anos, desapareceu na segunda-feira (3), encontrada no dia 5 (quarta-feira), dentro de uma mala abandonada, na rodoviária da cidade de Curitiba, morta.

Atos violentos acontecem todos os dias, mas quando atingem crianças há uma mobilização maior, um indignação “mais forte”. Quem seria capaz de assassinar um criança de 9 anos, com requintes de crueldade? Afinal, o corpo da menina apresentava sinais de violência sexual e estrangulamento.

Durante a cobertura do fato, várias hípoteses foram levantadas. Por Rachel fazer parte da rede de relacionamento mais famosa do Brasil, Orkut, o crime poderia ter alguma relação com a internet, coisa que o pai da garota, Michael Genofre, não acredita. Ele disse que a menina entrava na internet sempre com a supervisão de um adulto. Também foi levantada a questão de descuido dos pais, porque a garota ia à escola e voltava para casa sozinha, de ônibus. Isso porque não havia transporte escolar disponível.

Para Genofre, não havia problema no fato da filha ir sozinha, de ônibus, à escola."O culpado é quem assassinou minha filha, não a gente. Muitas crianças vão para a escola sozinhas porque precisam. Isso é uma realidade. Não dá para dizer que isso aconteceu porque ela andava sozinha."

A verdade é que, Rachel, foi mais uma vítima de violência, e sendo seu assassino preso ou não, ela se tornará mais uma estatística. Para sua família e amigos, um vazio. Para a sociedade um acréscimo nos números.

Que "Rachels, Isabellas, Eloás, Joãos Hélio, Joãos Roberto", não sejam simplesmente arquivados, que alguém tome providência, pois a violência chegou à nossas casas e já não temos proteção.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Orgulho e esperança para uns, e guerra para outros


Esta eleição em especial chamou a atenção nos quatro cantos do mundo, independente de ser pobre, muito pobre ou rico, muito rico. Desde a comoção na Africa a alegria e o alivio na Europa. Esta eleição juntou povos e etnias do mundo e todos com um único ideal "a esperança de mundo melhor". E porque não esssa esperança vir acompanhada por um momento histórico, um negro na Casa Branca, ou para um "ser" chamado Thomas Robb, "Barack Obama se tornou o primeiro presidente mulato dos Estados Unidos", e não negro, já que "ele não foi criado em um ambiente negro". "Ele foi criado por sua mãe [branca]", argumenta, na nota entitulada "América, nossa nação está sob julgamento de Deus!".

Robb é pastor protestante e diretor da Ku Klux Klan, é a associação racista mais famosa do mundo identificada pelo seu capuzes brancos, cruzes incandescentes, e crimes raciais. Ele acredita que com a eleição de Obama, o "povo branco" dos EUA vai perceber que é hora de se unir contra aqueles que odeiam seu modo de vida - estrangeiros e negros. "Essa eleição de Obama nos chocou? Nem um pouco! Nós vinhamos avisando ao nosso povo que, ao menos que os brancos se juntassem, seria exatamente isso que aconteceria", incitou.

Para Robb a eleição foi uma guerra de raça e cultura contra o povo branco. Essa associação nasceu após a Guerra Civil Americana em 1861-1865 (que pôs fim a escravidão nos Estados Unidos),e tem com o objetivo de impedir a integração dos negros na sociedade, hoje século 21 os estrangeiros também são considerados "inimigos".

Enquanto o mundo inteiro torce realmente para que o homem mais poderoso do mundo faça um bom governo e passe por todos os desafios que estão e estarão por vir, independente de ser negro, branco, amarelo, vermelho, azul, frutacor....não importa, é interessante como ainda existe pessoas que vivem e pensam como se estivesse no século 19. Que julga a cor e não o carater do indivíduo, e que acredita em uma raça suprema. E como é explicado que o ambiente de criação é o responsável pela etnia do ser humano?

"Temos a sensação da história estar passando pelos nossos olhos", diz a jornalista Sonia Brid em sua matéria para um telejornal. Como colega de profissão é bem essa realidade que estamos vivendo, como somos segundo nosso coordenador Marco Moretti, "os contadores da história", é um momento mágico no qual nosso filhos netos quando forem ler os livros de história e ver o primeiro negro a assumir a presidência dos USA, nós vamos podem comentar sobre este fato, sabe porquê?

PORQUE NÓS VIVEMOS O FATO!

É fantástico é mágico... e torcemos para aquele ser humano ter sucesso, que essa esperança mundial seja concretizada, e aqueles que estiverem contra só por causa de uma cor de pele, percebam que o homem negro Barack Obama da Write House fez um bom trabalho para todos independente da cor e da etnia dos beneficiados.

E se não tem o que se preocupar além de achar que cor é um problema sério, aqui vai algumas sugestões: Que tal se preocupar com crianças que estão morrendo de fome, que tal se preocupar com crianças e jovens perdidos no mundo da drogas, ou então se não gosta de gente, que tal cuidar dos animais e arvores que estão sendo destruidas...se atualiza estamos no século 21, tecnologia, descobertas científicas e muitas outras boas coisas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

American Dream - “Yes, we can”


Confirmando as expectativas mundiais, Barack Obama foi eleito, o primeiro presidente norte-americano afro descendente, quebrando uma barreira até então instransponível, um país dividido e segregador, vai as urnas em votação recorde e elege, um homem negro, há pouco desconhecido e agora adorado pelo mundo inteiro. Obama tem a responsabilidade de, no dia 20 de janeiro de 2009, assumir um país desconfiado e em plena crise economica.

Mas, qual a trajetória deste homem que emociona o mundo?

Quando subiu ao palanque da Convenção do Partido Democrata, em 2004, para apoiar a candidatura de John Kerry à presidência dos EUA, Barack Obama era apenas um político regional, pouco conhecido fora do estado de Illinois. Ao descer do palanque, começava sua trajetória para se tornar o futuro presidente dos Estados Unidos.

“Minha presença neste palco é improvável”, disse Obama na ocasião. “Sou filho de um estudante estrangeiro do Quênia que veio aos EUA. Minha história é parte de uma maior história americana, que tem fé em sonhos simples: vida, liberdade e busca pela felicidade”. E concluiu com sua famosa frase: “Não há uma América liberal ou conservadora, uma América branca ou negra, há os Estados Unidos da América”.

Em 2007, ele anunciou que seria pré-candidato à presidência dos EUA e, ao longo de 2008, enfrentou uma longa batalha com a senadora Hillary Clinton para assegurar sua candidatura.

Mas a “improvável” história de Obama começa no Havaí, há 47 anos. Seu pai, também chamado Barack Obama, era um aluno negro com bolsa de estudos que viajou de sua pequena vila no Quênia para estudar na Universidade do Havaí. Sua mãe, Ann Dunham, era branca e tinha só 18 anos quando eles se conheceram numa aula de russo. Barack - “abençoado” em árabe - nasceu em 4 de agosto de 1961.

O casamento de seus pais durou pouco. Seu pai deixou a família para estudar em Harvard quando seu filho fez dois anos, voltando apenas uma vez. O menino foi criado pela mãe (que se casou de novo e teve a menina Maya) e pelos avós maternos.

Além do Havaí, Obama morou na Indonésia, em Nova York, onde estudou, e em Chicago, que se tornaria a sua base política. Obama chegou a Chicago em 1985, com um diploma universitário, um mapa da cidade e um novo emprego - organizador de comunidade. Salário inicial: US$ 13 mil por ano (incluindo dinheiro para despesas com automóvel).

Pouco depois, Obama partiu para Harvard, onde se formaria em Direito, em 1991. Lá, viveu dois momentos cruciais. Um foi durante o primeiro verão em que trabalhou numa grande firma de advocacia em Chicago e conheceu outra graduada de Direito em Harvard, Michelle Robinson, que se tornaria sua esposa em 1992 e a mãe de suas duas filhas, Malia e Sasha. Outro foi um triunfo pessoal: Obama chegou às manchetes quando foi eleito o primeiro presidente negro do Harvard Law Review, talvez a mais prestigiada publicação jurídica do país.

Ao se formar, apesar das ofertas para advogar, Obama decidiu seguir carreira política. De volta a Chicago, Obama se juntou a uma pequena firma de direitos civis, criou uma campanha e deu aula de direito constitucional na Faculdade de Direito da Universidade de Chicago.

Em 1996, ele foi eleito para o cargo no Parlamento estadual representando Hyde Park - a região em South Side que inclui a universidade e alguns bairros bastante pobres. Obama ajudou a mudar as leis sobre pena de morte, ética e perfil racial, e ganhou crédito de impostos para trabalhadores pobres. Mas ele falhou em sua campanha pelo seguro saúde universal.

Passados oito anos como legislador estadual, Obama consegue eleger-se senador, em 2004. Não precisou, portanto, posicionar-se quanto à invasão do Iraque, definida no ano anterior.

Em seu livro “A audácia da esperança”, ele diz que ser senador o poupou de alguns dos “esbarrões e hematomas” que muitos homens negros suportam. Mas também escreveu que havia enfrentado “o ritual de mesquinharias”, incluindo guardas de segurança que o seguiram em lojas de departamentos, casais brancos entregando a chave do carro a ele do lado de fora de restaurantes, confundindo-o com o manobrista. “Eu sei como é quando as pessoas me dizem que não posso fazer algo por causa da minha cor e eu sei o gosto amargo do orgulho negro engolido".

No mesmo ano em que se elegeu senador, Obama ganhou projeção nacional na Convenção Democrata. Desde então, ele tem tido o toque de Midas: escreveu dois livros best-sellers, ganhou um Grammy por ter gravado um deles, saiu capas de revista, colecionou aparições na TV e foi subindo, mês a mês, nas pesquisas de intenção de voto.

Sua inexperiência será posta à prova a partir de 20 de janeiro de 2009, quando Obama assumirá como o primeiro presidente negro da história dos EUA.

Discurso da Vitória


No discurso da vitória, o senador democrata disse que a "hora da mudança chegou à América".

"Se alguém aí ainda dúvida de que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se pergunta se o sonho de nossos fundadores continua vivo em nossos tempos, que ainda questiona a força de nossa democracia, esta noite é sua resposta," afirmou Obama na abetura do seu discurso de vitória.

Obama disse que o caminho que os Estados Unidos têm à frente é difícil e pediu "unidade" para enfrentar os desafios. "Nossa escalada vai ser íngreme. Nós não chegaremos lá em um ano nem em um mandato, mas, América, eu nunca estive tão esperançoso como nesta noite em que nós estamos aqui", disse.

O presidente eleito afirmou que é hora de "sonhar novamente o sonho americano". Ele reprisou várias vezes o "Yes, we can" (sim, nós podemos), um dos lemas de sua campanha, e disse que "tudo é possível".

Nome: Barack Obama
Nascimento: 4 de agosto de 1961, Honolulu.
Educação: Universidade de Columbia, bacharelado; Harvard Law, doutorado juris.
Carreira: Líder comunitário, Projeto de Desenvolvimento de Comunidades, 1985-88; advogado, firma de Miner Barnhill e Galland, 1993-2004; Senado do Estado de Illinois 1997-2004; Senado dos Estados Unidos, 2004-atual.
Família: Casado desde 1992 com Michelle Robinson Obama; duas filhas, Malia, nascida em 1998; Sasha, nascida em 2001.
Hobbies: Basquete, escrever, golfe, pôquer, ler, passar tempo com sua família, assistir ao "SportsCenter" na ESPN.

A concretização de um sonho

Depois de meses de incertezas, as eleições norte-americanas chegaram ao fim. Mesmo já sendo esperado pelo mundo, o resultado dessa disputa não deixa de emocionar a todos.

Mais do que se tornar presidente da maior nação do mundo, Barack Obama ficará para a história por ser o primeiro presidente negro da história de um país marcado pelo preconceito. Assim como disse Bernice King, filha de Martin Luther King, "Meu pai estaria orgulhoso dos EUA por isso. Isto significa que o trabalho pelo qual meu pai e minha mãe se sacrificaram não foi em vão."

O 44º presidente dos EUA, vendeu sonhos durante sua campanha e terá pela frente o desafio de transformá-los em realidade.

Ele terá que correr contra o tempo e assumir o legado deixado por Bush. Enfrentar as guerras e a crise, resultados de um governo marcado por decisões discutidas e criticadas pelo mundo.

Do contrário, corre o risc de não ficar para a história apenas por ser o primeiro presidente negro dos EUA, mas também por se tornar a maior decepção de uma nação e do mundo.