"Desmaiei muitas vezes. É impossível descrever a dor que se sente" conta a modelo Waris Dirie a uma entrevista do portal de notícias G1, relatando a exata hora da chamada circuncisão.
O livro "Flor no deserto" é baseado na história da modelo, que nasceu na Somália e sofreu a mutilação aos 5 anos de idade. Conseguiu fugir de um casamento arranjado aos 13 anos, e foi parar em Londres, onde foi encontrada por um fotógrafo e acabou se tornando uma modelo internacional. Hoje Dirie é uma ativista e fundadora de uma organização que luta contra a mutilação feminina.
São tradições antigas e que existem até hoje em muitos lugares no continente africano, como a Nigéria, Egito, Gana, Costa do Marfim entre outros. A mutilação também pode acontecer com imigrantes, que mesmo longe do continente resolvem enviar suas meninas para os países de sua origem.
É bom deixar claro que isso não acontece pela religião, mas por acreditarem que com isso a mulher é mais valorizada, porque assim conseguirá um homem que a comprará para casar. Nossa! Isso é valorizar um mulher?
Não é uma crítica ou sugestão para vocês assistirem o filme, não posso sugerir algo que eu não assisti ou li, mas é algo tão absurdo e tão deixado para lá que chega a dar nojo. Essa valorização é dada porque ela não terá mais o desejo sexual, e não o tendo, ela não trairá o seu marido.
A mutilação é um crime, e não digo isso por ser mulher, mas em pleno século XXI a violação dos direitos humanos é tão absurdo e triste. Neste caso acredito que ninguém vai fazer nada, afinal ainda vivemos em um mundo onde em muitos países a circuncisão é proibida, mas o machismo continua firme e forte.
Fonte: Portal de notícias G1