As mudanças da ortografia entram em vigor em janeiro de 2009 e a implantação do acordo será feita de forma gradual, com um período de transição até 2012. As novas normas chegarão aos livros escolares já em 2010. Entre as mudanças na escrita estão o fim do trema, mudanças no emprego do hífen, inclusão das letras w, k e y no idioma, além de novas regras de acentuação.
A expectativa do governo é de que a reforma ortográfica – assinada em 1990 e ratificada pelo Brasil em 1995 – amplie a cooperação internacional entre os países de língua portuguesa ao estabelecer uma grafia oficial única do idioma. A medida também deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Brasil e Portugal, além de ampliar a divulgação do idioma e da literatura.
Algumas das mudanças me pareceram estranhas, outras já são hábito, como a inserção das letras W, K e Y no alfabeto, elas são usadas em nomes próprios e algumas palavras adaptadas da língua inglesa e deveriam fazer parte de nosso idioma há um bom tempo. Já o desaparecimento do trema é algo complicado, a pronúncia das palavras mudam, “Tranqüilo” vira “Tranquilo”. O acento agudo também desaparece em certos casos, o que transforma a palavra “Idéia” em “Ideia”. O acento circunflexo de “enjôo” vira “enjoo”, desaparecendo em palavras com duplo “o” e duplo “e”. Some também o acento diferencial, que serve para diferenciar palavras como: pára (do verbo parar) e para (preposição), vira tudo uma coisa só (Como vamos distingüir no MSN?). E o pobre do hífen, que quase sempre é utilizado de maneira incorreta (ao menos por mim), também vai-se embora. Ele some quando o segundo elemento da palavra começar com “s” ou “r”, por exemplo: “anti-semita” vira “antissemita” (dobrando o “s”).
Também há as mudanças em Portugal, onde cerca de 1,6% das palavras serão mudadas. Os portugueses deixarão de escrever “Húmido” e passarão a escrever “Úmido”. Assim como as consoantes mudas sumirão em palavras que essas letras não são pronunciadas, exemplo: “Acção” vira “Ação” (Com essa eu concordo).
Agora é correr atrás para reaprender as regrinhas básicas, que são necessárias a quem não quer assassinar o “mal falado” Português!
fonte: G1