
Com a preguiça característica (vide perfil), meu primeiro post, vem de um texto já escrito por mim, nem faz tanto tempo assim, mas acho pertinente, afinal esse blog é feito por mãos femininas, então, o que melhor que contar a história das mulheres em Olímpiadas?
A passagem das mulheres em Olímpiadas
Com as Olímpiadas na China atraindo olhares em todo mundo, vamos passear pela história dos Jogos que atraem a atenção de todas as nações, e buscar algumas das notáveis mulheres que já passaram por esta competição. Os primeiros Jogos realizaram-se na Grécia Antiga no ano 776 a.C., como uma importante celebração e tributo aos deuses. Em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos [que foram proibidos pelo Imperador Romano Teodósio I em 393, por serem uma manifestação do paganismo]. Foi uma tentativa de reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
As Olímpiadas são data marcada em todos calendários, sendo usada como espaço para confronto político, Massacre de Munique em 1972, e também como forma de reconciliação entre os povos, como a Coréia do Norte e do Sul que desfilaram sob uma única bandeira em 2000 e 2004.
E a mulher, onde entra nessa história?
Em Paris, “quer forma mais 'Chick'? - 1900, só tenistas e golfistas concorreram. O torneio de golfe foi totalmente improvisado. Tanto é que a vencedora, a norte-americana Margaret Abbott, morreu em 1955 sem saber que disputara um evento olímpico. Já o tênis foi mais organizado, e quem levou o ouro foi Charlotte Cooper, vencedora de Wimbledon em 1895, 1896 e 1898.
Em Saint Louis-1904, só houve tiro com arco. Em Londres-1908, as mulheres deram flechadas, patinaram e jogaram tênis. Em Estocolmo-1912, elas puderam pular na piscina, disputando os 100 metros livre (ouro para a australiana Fanny Durack), o revezamento 4x100 metros livre (vitória da equipe britânica) e saltos ornamentais (a adolescente sueca Greta Johansson, 17, venceu). Em Amsterdã-1928, foi quando as mulheres entraram no atletismo.
As brasileiras só surgiram no cenário Olímpico em Los Angeles-1932, a nadadora paulistana Maria Lenk foi a única moça entre 81 homens que a delegação levou para os EUA. Ela, porém, não passou das eliminatórias e só teria melhor desempenho em Berlim-1936.
No século passado, no esporte feminino muitos nomes viraram lendas, como a romena Nadia Comaneci (1ª ginasta a ganhar nota dez) e a norte-americana Florence Griffith-Joyner, a mulher mais rápida do planeta (fez os 100 m em 10s49). Ela teve uma morte precoce, em 1999, sob suspeita de utilização de doping.
E a primeira medalha de ouro conquistada por uma mulher brasileira só veio em Atlanta – 1996, com Sandra Pires e Jacqueline derrotando a dupla, também brasileira, Adriana Samuel e Mônica Rodrigues. Foi a primeira e única medalha de ouro olímpica de uma atleta brasileira.
E agora em Pequim – 2008, a primeira medalha do Brasil veio com uma mulher, Ketleyn Quadros. Ela conquistou o bronze no judô, fazendo história, por ser a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha individual.
Ps: texto escrito antes da conquista de Maurren e do vôlei feminino.
Maurren Maggi foi a primeira mulher a ganhar um ouro individual, com uma história de superação pós suspensão por doping, a atleta foi a Pequim e trouxe uma das poucas douradas que o Brasil conquistou nesses Jogos. Dando destaque também, a conquista do vôlei de quadra feminino, conseguindo o primeiro ouro, depois da traumática eliminação para as russas em Atenas 2004.
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