terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios e a sessão da 0:01

Apesar de não saber nada de cinema, se comparada aos amigos cinéfilos, gosto de apreciar um bom filme, em especial, na última sessão, em ótima companhia, sempre.

Confesso que, se fosse para eu escolher, talvez não optasse por “Bastardos Inglórios”, no sábado a noite. Até porque, fazia um tempinho que não íamos ao cinema. Como somos um casal democrático (às vezes), Diego escolheu os Bastardos.

A hora da sessão é de mera importância para alguns comentários que farei: 0:01. Comprar pipoca é essencial, então, munidos de muita pipoca com manteiga, e refrigerantes entramos na sala. Escolhemos “nosso lugar”, aquele lugarzinho do Cinemark que dá para apoiar os pés no ferro, sem atrapalhar ninguém, é claro. E também a sessão não estava muito cheia, e foi se esvaziando com o passar da horas. Antes do filme começar uma ida estratégica ao banheiro.

Capítulo 1 – Sim, o filme é dividido em capítulos - li em uma crítica que é uma tradição do diretor Quentin Tarantino. Bom, esse capítulo inicia-se na França, em 1941, em uma fazenda onde o Coronel (e mega vilão) Hans Landa (Christoph Waltz), vai fazer seu trabalho, “caçar judeus”. Nesta cena, após um dialógo longuíssimo e assustador (o coronel consegue mexer com o psicológico do dono da fazenda), Hans Landa descobre os judeus escondidos no assoalho (como ratos, na lógica nazizta), e sem piedade faz com que seus homens atirem, mas Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent), consegue escapar (eu acho que ela correu bastante, Diego diz que o coronel não quis atirar).

Do outro lado do filme, está o grupo de soldados americanos judeus que dá título ao filme, uma pequena unidade de guerrilha e extermínio do exército, liderada pelo sulista Tenente Aldo Raine (Brad Pitt). Digo que tinha certo preconceito sobre a atuação de Pitt no filme, pois ele estava “se achando” nas premieres da obra. Mas, após assistir, concordo com ele, o filme é bom. E sua atuação é uma das melhores que já vi. Ele diverte como o carismático Aldo Raine. Com um sotaque sulista hilário, além de trejeitos bastante óbvios, bem como uma moral bem particular, Raine é o líder perfeito para o seu time de malucos. A cena mais engraçada do Tenente é a que ele tenta falar italiano, em meio a nazistas, frente a frente com Landa.

Parênteses necessário - Se dei a impressão que vou seguir com os capítulos, enganei vocês, porque não tenho tão boa memória para citar cada capítulo. Ah, e também esse texto não é uma crítica do filme, coisa que não sou apta a fazer, é só sobre minhas impressões.

Outra coisa a se destacar é o roteiro do filme. Conversas sobre nada, que tornam o momento bastante tenso, têm aos montes. Mas elas também dão espaço a diálogos carregados de humor negro e de grande tensão. (Esses dialógos me deram um pouco de sono, afinal, o filme só foi acabar 2:40 da manhã, mas nada muito massante). Não é à toa que uma das cenas mais tensas de "Bastardos Inglórios" é um diálogo entre a jovem Shosanna e Landa. O pedido de uma sobremesa em um restaurante se torna umas das cenas mais tensas que já vi.

Adotando uma nova identidade após a morte de seus parentes, Shosanna se torna dona de um cinema parisiense. Graças à “paixonite aguda” do soldado alemão Frederick Zoller (Daniel Brühl) por ela, a grande premiere do último filme panfletário de Goebbels (Sylvester Groth) - Ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler, se dará no cinema da jovem. Com a presença de todos os figurões do partido em um local só - incluindo o próprio Adolf Hitler (Martin Wuttke) - que é retrato com um doente mental - a ocasião torna-se a oportunidade perfeita para explodir o comando nazista e encerrar a guerra de uma vez por todas, plano traçado pelos Bastardos e pela própria Shosanna, sem um ter conhecimento do outro.

Daí seguimos para o “grand finalle”. Eu, sem saber que o filme não era “aula de história”, esperava por um fim completamente diferente. Mas, realmente, o filme tem um final bem melhor. Só achei que o coronel Landa deveria ter tido outro final, mais ruim para ele. Já Diego achou que ele deveria ter um final melhor (aqui demonstra todo o carisma que o vilão adquire durante o filme), mas depois achou “justo”.

Tarantino encerra o filme falando através do personagem de Brad Pitt, que “Esta provavelmente é sua maior obra prima”. Bem, eu não conheço muito sobre Tarantino, mas devo concordar que o filme é uma obra prima dos cinema moderno.

Um comentário:

Thayna Santos disse...

Cara que filme lonnnngooooo hein!!!! Mas não sei porque deu uma vontade de assistir, embora eu já ter o conhecimento do final (implorei para a Mona)!

Sem puxar o saco... texto está muito bem escrito, uhuhuhhhu

bjinhos