
Continua o impasse na Rodada de Doha, e a Argentina pede para que o Brasil fique ao seu lado. "O Brasil não vai querer que o país fique sozinho" nas negociações da Rodada, afirmou o o secretário de assuntos econômicos internacionais do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Alfredo Chiaradia.
Ele é o principal negociador da Argentina no Mercosul e nas discussões no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC). Com as declarações, o embaixador sinalizou esperar que o Brasil prefira fortalecer o bloco a optar por Doha. Enquanto o governo brasileiro defende um entendimento ainda neste mês, a Argentina interpreta que as discussões estão desequilibradas, com os países ricos pedindo maior abertura para produtos industriais aos países em desenvolvimento, mas sem oferecer o equivalente na área agrícola.
Segundo Chiaradia, o fato de um dos sócios do Mercosul querer avançar unilateralmente nas negociações externas, coloca em risco alguns pilares do bloco, como a Tarifa Externa Comum (TEC) para os produtos importados de outros países. Mas ele acha que o Brasil vá colocar em risco a estabilidade do bloco, por conta de um acordo de comércio unilateral da liberalização de comércio.
Para o embaixador o problema do Mercosul é não ter "uma única voz". "Esse é um problema: vamos negociar com mundo e não temos uma posição unificada". Chiaradia afirmou ainda que o Brasil não ofereceu compensações à Argentina, caso se chegue a um acordo este ano.
"Não acho que se tratem de compensações do Brasil para a Argentina. As únicas conversas que tivemos sobre isso indicavam a sugestão do Brasil de que a Argentina tivesse mais tempo para instrumentalizar os cortes (tarifários do setor industrial). A resposta argentina foi que não era questão de mais tempo e que nossa proposta está sustentada nas regras das negociações. Uma negociação tem regras e as regras têm que ser cumpridas".
Um negociador brasileiro explicou que essa "compensação" poderia surgir a partir da abertura de mercados no Brasil para produtos argentinos - o que, no entanto, não parece estar nos planos argentinos.
Ele é o principal negociador da Argentina no Mercosul e nas discussões no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC). Com as declarações, o embaixador sinalizou esperar que o Brasil prefira fortalecer o bloco a optar por Doha. Enquanto o governo brasileiro defende um entendimento ainda neste mês, a Argentina interpreta que as discussões estão desequilibradas, com os países ricos pedindo maior abertura para produtos industriais aos países em desenvolvimento, mas sem oferecer o equivalente na área agrícola.
Segundo Chiaradia, o fato de um dos sócios do Mercosul querer avançar unilateralmente nas negociações externas, coloca em risco alguns pilares do bloco, como a Tarifa Externa Comum (TEC) para os produtos importados de outros países. Mas ele acha que o Brasil vá colocar em risco a estabilidade do bloco, por conta de um acordo de comércio unilateral da liberalização de comércio.
Para o embaixador o problema do Mercosul é não ter "uma única voz". "Esse é um problema: vamos negociar com mundo e não temos uma posição unificada". Chiaradia afirmou ainda que o Brasil não ofereceu compensações à Argentina, caso se chegue a um acordo este ano.
"Não acho que se tratem de compensações do Brasil para a Argentina. As únicas conversas que tivemos sobre isso indicavam a sugestão do Brasil de que a Argentina tivesse mais tempo para instrumentalizar os cortes (tarifários do setor industrial). A resposta argentina foi que não era questão de mais tempo e que nossa proposta está sustentada nas regras das negociações. Uma negociação tem regras e as regras têm que ser cumpridas".
Um negociador brasileiro explicou que essa "compensação" poderia surgir a partir da abertura de mercados no Brasil para produtos argentinos - o que, no entanto, não parece estar nos planos argentinos.
Neste ponto, estou com os argentinos, não se cabe mais acordos unilaterais, que desfortaleçam o bloco economico da América do Sul. Sendo o Mercosul um bloco economico mais fraco, o Brasil não deveria optar por um benefício unilateral, já que a abertura para produtos agrícolas beneficiariam todo o bloco sulamericano. Mas os países ricos não pretendem abrir o mercado, e mesmo assim querem que os países em desenvolvimento abram o tal mercado para seus produtos industrializados.
Um consenso sem esclarecer este ponto, seria um acordo unilateral, para os países ricos, é claro.
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