
Ontem aconteceu um julgamento de um dos policiais, e os jurados decidiram absolver o policial da acusação de homicídio duplamente qualificado (quando há o uso de arma de fogo sem chance de defesa para a vítima). Na avaliação do júri, o PM agiu de acordo com o que é exigido pela função dele. Mas acabou acatando de que teve tentativa de homicídio da mãe e do irmão de João. e a sentença foi de sete meses em regime aberto mas acabou sendo substituido por prestação de serviços à comunidade.
“Eu estou chocada, meu filho morreu em vão”. A frase é da mãe do menino João Roberto, Alessandra Amorim após ter o conhecimento da sentença. “Não podemos aceitar o que aconteceu hoje. É um absurdo dizer que a pessoa estava no cumprimento do dever. Matar uma criança de 3 anos, quase matar minha mulher e meu outro filho e sair daqui impune, estar nas ruas de novo, isso não pode acontecer. Acredito até o final na Justiça. Essas pessoas vão ter que pagar pelo homicídio do meu filho. Isso não vai ficar assim. Ainda não acabou”, protesta o pai de João Roberto, Paulo Roberto.
...após a minha perplexidade sobre o caso, acredito piamente que a justiça não é cega, que a justiça não erra, que a justiça aceita que um menino de três anos, apenas três anos poderia sim ter se defendido (é o que podemos entender sobre a sentença). Quando falamos em despreparo da polícia, podemos afirmar, com todos esses acontecimentos e o lamentável julgamento de que o despreparo que tanto se fala é muito além dos próprios soldados.
Aqui deixo os meus parabéns ao juri, ao poder judiciário, e ao cabo Willian de Paula, todos por exercerem muito bem a sua função.
fonte: G1 e jornal da Globo
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