Mil faces, um homem
Não vou ficar aqui escrevendo o que todos já leram incansavelmente nas últimas semanas depois da morte dele. Sua biografia, sua história, feitos, defeitos, amigos e inimigos. Tudo isso já foi descrito, contado e recontado em sites, livros, reportagens no jornal, em revistas, etc.
Por isso vou falar da imagem que tinha dele. Li na edição da Revista Época, um artigo falando justamente sobre a adoração de ídolos nos tempos atuais. E nesse artigo foi feita uma comparação entre os fãs de Steve Jobs e de Justin Bieber (não se preocupem, não vou falar nada do tipo. Assim como a autora do artigo, não acho que existam semelhanças).
Enfim... No dia seguinte à sua morte, vi pessoas que conheço falando sobre essa perda como se realmente fosse alguém próximo, que fosse fazer uma enorme falta nas suas vidas. Achei exagero. Li comentários de alguns que se diziam tristes, entorpecidos pela dor, órfãos, etc, etc. Achei muito exagero.
Não vou negar que era um cara brilhante. Conseguiu construir uma espécie de império da tecnologia, com súditos que o seguiam onde quer que fosse, que compravam o que quer que lançasse e que, assim como ele, colecionavam inimigos (ou seja, pessoas que nem sempre achavam tudo que ele fazia tão brilhante e indispensável).

Ele é admirável por sua história, por sua luta, por ter conseguido sempre se reinventar, surgir com novas idéias... Talvez... Mas acho que ele admirável por conseguir ter, em uma única pessoa, diversas faces. Desde o cara que desafiou os gigantes e disse que gastaria cada centavo para destruí-lo (no caso, o Google com seu Android), até aquele que viu nos seus próprios fracassos a chance de sucesso.
E, mesmo que pareça cruel da minha parte, só mesmo a morte pra nos mostrar que no fundo ele ainda era um simples mortal.
Um comentário:
Sim, ele foi um gênio, um inovador, um dos revolucionários do século. Sou fã declarado de Jobs devido á sua perspicácia, genialidade e devoção à tecnologia. Sou suspeito a falar sobre ele ^^
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