Não achei que seria tão difícil assim escrever esse texto, afinal, quanto mais você admira alguém mais fácil flui um texto sobre ele, certo? Pode até ser, mas você também precisa de tempo. E nesses tempos que o tempo é escasso, dou inicio ao texto de um homem que marcou o meu tempo.
Lá nos idos de 1973, em Pato Branco, no Paraná, em 22 de janeiro, nascia o filho caçula do casal Eurydes e Hertha: Rogério, que cresceu ao lado de três irmãos: Rosicler, Rudimar e Ronaldo. Mudou-se com a família em 1985 para Sinop, interior do Mato Grosso. Envolvido desde pequeno com esportes, como tênis e vôlei, o futebol também faz parte de sua vida, ele jogava como volante (camisa 5), no time do Banco do Brasil, no qual trabalhou dos 13 aos 17 anos.
Até que um dia, aquela coisinha que muda destinos aconteceu, o goleiro do time, que coincidentemente era o chefe de Rogério, não foi jogar. Por ser o mais novo do time, o futuro capitão são-paulino foi para o gol. Em 1990, surgiu o convite da equipe do Sinop Futebol Clube, onde ele já havia feito teste, para ser o terceiro goleiro da equipe, reserva de um dos goleiros da equipe. Como ainda trabalhava no Banco do Brasil, Rogério conciliava os treinamentos com o emprego e os estudos.
Durante o primeiro turno do campeonato, o goleiro titular Marília e seu reserva Valdir Braga se machucaram e o técnico Nilo Neves confiou a Rogério a missão de disputar o restante da competição estadual. Seu primeiro jogo como titular foi no estádio Luis Geraldo da Silva, mais conhecido na região como Geraldão, contra o Cáceres. Rogério defendeu um pênalti no primeiro tempo e o jogo terminou empatado em 1 a 1.
Daí... no dia 7 de setembro de 1990 Rogério entrou pela primeira vez em campo no Centro de Treinamento da Barra Funda. O preparador físico Sérgio Rocha, até hoje na função, foi uma das primeiras pessoas com quem o goleiro teve contato neste dia. O resto todo mundo já sabe.
Daí... no dia 7 de setembro de 1990 Rogério entrou pela primeira vez em campo no Centro de Treinamento da Barra Funda. O preparador físico Sérgio Rocha, até hoje na função, foi uma das primeiras pessoas com quem o goleiro teve contato neste dia. O resto todo mundo já sabe.
Rogério participou das principais conquistas do time do São Paulo. E se nos anos 90, após as duas Libertadores e Mundiais, o clube viveu um marasmo, foi na década de 2000 que o homem de personalidade forte e muita dedicação tornou-se de vez ídolo de toda uma geração de torcedores. Muitos dizem que a diferença de Rogério é bater faltas, o que ele faz muito bem - Rogério fez gols em 5 países diferentes, além do Brasil, ele deixou sua marca no Peru, Japão, México e Colômbia, mas na real, pra mim, ele faz toda a diferença com sua personalidade, por manter-se humilde mesmo sendo “adorado” por milhares, por ser correto, por não se omitir e por fim por ser torcedor do time no qual joga e por amar a camisa do Tricolor Paulista, muito mais que eu!

Ah sim, quando for contar sobre o saudoso futebol de meu tempo, para filhos e netos, Rogério Mücke Ceni será protagonista de muitas histórias. Como na final do Paulista em 2000 contra o Santos, no qual marcou gol, ou na incrível partida final do Mundial de 2005 contra o Liverpool na qual voou naquela falta batida por Gerard, fazendo a defesa mais maravilhosa que já vi, levantando a taça por três vezes seguidas no Campeonato Brasileiro, marcando o centésimo gol contra o Corinthians, naquele domingo memorável e enchendo um estádio para celebrar seu milésimo jogo pelo São Paulo.
(É eu não conhecia o nome do meio dele, alguém?)
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