Caneta e papel na mão!
Vamos dar continuidade ao nosso "Top 10 – Homens contemporâneos que admiramos"... Bom, este nasceu na periferia de Porto Alegre no dia 5 de março no ano de 1950, já foi taxista, autor de 3 livros e uma peça de teatro. Possui 35 anos de carreira e, vencedor de mais de 20 prêmios... sabe quem é? Não! Tsc, tsc, tsc, e se eu falar sobre os olhos claros, cabelos grisalhos e uma voz mansa do Programa Profissão Reporter??? Agora sim!
Mesmo quem não tem ligação com a profissão na área da comunicação o conhece, e posso dizer que o admira, é um jornalista chamado Claudio Barcelos de Barcellos, sim, são duas vezes, só que para os mais íntimos, é só Caco Barcellos.
Começou sua trajetória como repórter na Folha da Manhã, colaborou nos anos 70 com a revista Versus e Jornal da Tarde e, passou também pelas redações da Isto É e Veja nos anos 80. Na TV começou com o Globo Repórter passando depois para o Fantástico, onde cobriu a guerra civil em Angola, o qual lhe rendeu um Prêmio Líbero Badaró.
Caco precisou de 8 anos de pesquisa para escrever um livro chamado Rota 66, que relata a polícia que mata em São Paulo, com a investigação levou a identificação de 4.200 vítimas entre jovens e delinquentes. Com o lançamento, Caco irritou muitas pessoas que fazem parte do sistema e, como acredito que ele já esperava, começou a sofrer ameaças de morte e precisou sair do Brasil.
Com toda experiência, Caco é um jornalista modesto (incrivel! Jornalista e modestia não conseguem andar juntos rsr), na redação do programa, um projeto de sua autoria, sua mesa é como as dos outros jornalistas (recém –f ormados) e sempre friza para os colegas de trabalho, “eu não ensino, a gente trabalha junto mesmo, buscando fazer um programa que seja resultado do esforço de todo mundo”.
Só que na minha opinião, ele promove sem perceber, uma verdadeira aula de jornalismo.
Alguns prêmios:
- 02 prêmios Vladimir Herzog, um pela reportagem sobre o Riocentro e o outro, em 2003, pelo livro-reportagem: Abusado, o dono do morro Dona Marta;
- Em 1993 o prêmio Jabuti pelo Rota 66;
- Com Abusado, o dono do morro Dona Marta, Caco foi novamente vencedor do Prêmio Jabuti, como melhor obra de não-ficção do ano de 2004.
- Recebeu em 2003 e 2005 o prêmio de melhor correspondente, promovido pelo site Comunique-se.
- Em 2008, recebeu o Prêmio Especial das Nacões Unidas, como um dos cinco jornalistas que mais se destacaram, nos últimos 30 anos, na defesa dos direitos humanos no Brasil.

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