
Vou te falar… essas semanas que antecederam ao evento final de House não foram nada fáceis. As coisas complicaram até no contexto fora dos seriados em que acompanho. Mas isso não vem ao caso. Após o anúncio de que essa 8ª temporada seria a última, um misto de conformismo e tristeza encarou o fato.
Uma série que revolucionou o conceito de protagonista e nos trouxe um dos personagens mais amados de todos os tempos não poderia sair por baixo e depois da queda de audiência e aumento de críticas negativas com o início da 8ª temporada e, pra mim, a saída de Lisa Edelstein, o caminho era mesmo o fim, antes que House M.D. fosse vista como uma série comum.
Por outro lado, eu não estava nem aí para as críticas! Continuaria assistindo House por décadas. Sim, com a mesma fórmula a cada episódio. Pois Gregory House é genial por si só! Daí o misto de “beleza, tem que acabar” com o “poxa vida, porque vai acabar? House conseguiria manter o nível de suas tramoias, ironias, mentiras, cafajestice e genialidade por anos”. Mas enfim, no mundo há interesses que vão muito além de minhas vontades...
SPOILERS
Vou comentar o último episódio, sem análises profundas, pois não sou capaz de ficar apontando cada intenção dos roteiristas no final ou mesmo ao longo da série. O episódio inicia-se com um House deitado no escuro e uma alucinação para lá de esperada (por mim): Kutner! (A morte mais perturbadora de um seriado). Sério, quando aconteceu eu clamei por uma explicação (dentro da série, pois eu sei que o Kutner saiu porque seu intérprete foi trabalhar com o Obama). Mas, enfim, quem disse que a morte tem explicação.
Voltando... House está tentando fugir da possibilidade de voltar à prisão e abandonar Wilson em seus últimos meses de vida. Como? Usando seus pacientes e sua inteligência para suprir seu desejo. Ele “decide” assumir todos os casos terminais do seu grupo de pupilos e tenta fazer com que o hospital (Foreman) afirme que, sem seu talento, oito pessoas morrerão no Princeton Plainsboro. Mas, todos sabem que House não vai pegar casos que não lhes interessam... Então, Foreman não pode ajudá-lo...
Durante o episódio, a estratégia começa a ir por água abaixo, e House repete outro de seus “vícios” durante a série. Ele pede a Wilson que assuma o culpa pela inundação do hospital (ocorrida no episódio anterior e o que culminou com a revogação da condicional), livrando House e saindo ileso. Ninguém colocaria Wilson na cadeia. Mas Wilson decide de que é hora de mostrar a House que ele não vai sair impune de tudo que fizer na vida, especialmente agora que o melhor amigo não estará ao seu lado para ajudá-lo. Como disse o fantasma de Amber (ou foi a aparição de Cameron?) sua consciência (Wilson) vai morrer. Vou nem comentar a aparição de Stacy, dizendo que House pode amar, porque quem deveria aparecer ali era Lisa Cuddy!! (Raiva da Edelstein).
É...acho que foi com a aparição (alucinação) de Cameron que House assume que pode mudar. Sim, ele que diz que ninguém muda, levanta-se para fugir da morte. Mas daí, vem a cena que prega a pegadinha final de House... em todos!
Quando eu vejo a casa em chamas ruir na sombra de Greg House lá dentro, pensei: tá bom, eu quero que ele morra ou o final não vai ser tão grandioso. Mas, durante a confirmação da morte e do funeral eu queria estar gostando de tudo aquilo, mas, não estava! E daí... Wilson fala poucas e boas, o único a não mentir, em um funeral onde todo mundo tinha coisa boa pra falar de um canalha! O celular toca, uma mensagem: Cala boca, seu idiota!
SIMMMMMMMMMMMM!!! Uhuuuuu House está esperando Wilson sentando na calçada de seu apartamento, e daí entendemos que todo o plano de fugir da prisão, com aqueles planos que não deram certo, era balela...ele queria mesmo era morrer, mas sem morrer! House planejou escapar da prisão forjando a própria morte e agora poderia proporcionar ao seu único amigo e a ele mesmo, os momentos finais de esbórnia, mentiras e trapaças!
A farsa é o nó responsável por atar a inconsequência de Dr. House ao único fator que serviu de redenção ao protagonista, sua devoção a Wilson. Um final agridoce, como prometeu Shore, que conseguiu ser fiel ao espírito indomável de Gregory House.
Isso não é muito House?! No fim, ele morreu, Gregory House estava enterrado! Mas mesmo assim estava ali vivo para sair de motocicleta por aí... e isso é, genial!
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Ah, sim, o esperado aconteceu...Chase assumiu o setor de diagnósticos do hospital. Cameron finalmente construiu sua família, Taub e suas filhas e mulheres(?)... e Foreman? Teve sua mesinha consertada pelo crachá de House... Muito boa a expressão dele ao encontrar o crachá!
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Agora, minha vaia para Lisa Edelstein, que por birra, fez com que Lisa Cuddy nem no funeral aparecesse...
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Como será minha vida após a morte? Bom, vou comprar todos os DVDs e ver House quando e quantas vezes quiser.
Um comentário:
Todo seriado, por melhor que seja, um dia termina; Há vários exemplos de séries que marcaram época e que infelizmente chegaram ao fim. E House faz parte deste legado. Quiséramos nós que nossas séries favoritas fossem eternas; mas a verdade é que mais cedo ou mais tarde ocorre o desgaste; e House não foi diferente. Particularmente, eu acredito que o fim de um seriado é inevitável quando há mudanças de personagens ou atores... e, na maioria dos casos, perdemos o interesse por este motivo. É a triste realidade das telinhas haha
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