terça-feira, 19 de julho de 2011

"O meu riso é triste"

Um dos meus maiores medos é...
Que esse amor dure para sempre
Sim, outrora meu medo era diferente
De que ele não durasse
Mas hoje, o medo é de que ele me acompanhe
Por toda a minha vida
Se for longa, é ainda mais penoso
Vários exemplos eu vi em telas
E mesmo em histórias da vida real
Pessoas que no leito de morte, não se lembram do companheiro de vida
Mas sim daquele amor da juventude que por algum desencontro
Ou mesmo escolha, teve de abandonar
A vida seguiu, talvez até amor sentiu
Mas lá no fim, o que restou foi um arrependimento,
Uma dor
Uma saudade
Um riso triste
O que eu posso dizer hoje é que não vejo a hora do meu riso sumir
Sim, aquele riso no canto da boca que mostra o real estado de espírito
Mesmo nos dias ou momentos mais felizes
Mesmo na mais sincera gargalhada
Ele está lá
O meu riso da infelicidade
Bem lá no canto da boca

Um comentário:

ALBERTINE disse...

Nós não pertencemos a este mundo. Nós não somos daqui. Nossa história transcende a todo esse espaço vazio, oco destinado ao cotidiano...

DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?

Estou falando de aproximação, estou falando de entrega, de desejos contidos dentro de um saco.

VOCÊ DEVE ESTAR ENLOUQUECENDO...

Enlouqueço, sim. Enlouqueço a cada hora que se passa e tenho que me calar, pois à distância você não me ouviria. Talvez, mesmo que sussurrasse ao seu ouvido todas as frases elaboradas com ardor, todas as orações teatrais, shakesperianas amadoras, freudianas insanas, todos os monólogos decorados de improviso no último ato, nem mesmo assim você me ouviria.

SINCERAMENTE, NÃO SEI O QUE TE DIZER.

Esse é o benefício dos amados e não dos que amam. Pois se não é essa a sua vantagem, o fato de nada precisar dizer. Apenas feche os olhos e esqueça-se de tudo à sua volta, lembre-se do “para sempre” que foi interrompido tão abruptamente depois de mais uma estupidez – sou réu confesso: minha estupidez. Apenas acalente o pranto daquele que caminha até o precipício todos os dias e fita admirado o abismo aos seus pés.

Fim da noite... Fim do ato...