quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mais uma vez a casa (Civil) caiu

Depois da saída não menos nebulosa de José Dirceu (aquele que estava envolvido no caso do 'mensalão' e que esses dias criticou o 'excesso' de liberdade de imprensa no Brasil, lembram?) do cargo de ministro-chefe da Casa Civil, agora foi a vez de Erenice Guerra deixar a pasta em meio a mais um (só mais um, rs) escandâlo. Pois é, nem mesmo o nosso presidente, que disse que ela não saíria (ou caíria, como vocês preferirem), conseguiu garantir a permanência de Erenice.

Braço-direito de Dilma Rousseff, quando a candidata à presidência pelo PT ocupava o cargo, Erenice é acusada de estar envolvida em um caso de lobby no Planalto, que ainda inclui seu filho, Israel Guerra, acusado de cobrar dinheiro para obter liberações de empréstimo no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Segundo reportagens publicadas em diversos veículos do país, a então ministra também teria facilitado negócios entre os Correios e a empresa de consultoria do seu filho.

Em uma situação insustentável e tropeçando nas suas próprias ações (ao publicar uma nota em que ataca o candidato do PSDB, sem nem mesmo ter consultado o presidente Lula), Erenice acertou sua demissão do cargo nesta quinta-feira (16).



Ok, estão dizendo que somente com o afastamento dela do cargo será possível realizar uma investigação limpa, séria e profunda sobre o caso. Mas quem garante isso em um país onde tantos casos de corrupção, tráfico de influências, desvio de verba, entre outros, foram descobertos, os culpados investigados, as denúncias "jogadas para debaixo do tapete" e somente a população punida?!?!?

Mais uma vez, uma pessoa, que ninguém sabe de onde saiu e quais são as suas competências, assume um cargo de importância, faz seu "pé-de-meia" às custas de um povo que trabalha cinco meses por ano para pagar impostos e depois "pede demissão", indo para o limbo que é a memória do povo brasileiro.

Quem deve assumir a pasta é Miriam Belchior, coordenadora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), já foi casada com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002, e havia sido cotada para assumir a Casa Civil quando Dilma deixou o cargo.

Agora, para a Casa Civil, resta torcer para que mais essa integrante do "círculo de confiança" fique longe de escandâlos (pelo menos até o final do processo eleitoral), e à população brasileira, resta razer para que um dia as coisas mudem nesse país, que dizem ser o "país do futuro".

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